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Secretário comenta projeto de estímulo à agricultura familiar

Em entrevista ao programa Isso é Bahia, Jeandro Ribeiro falou sobre importância da iniciativa para o setor

Publicado quarta-feira, 06 de abril de 2022 às 10:52 h | Atualizado em 06/04/2022, 12:54 | Autor: Daniel Brito
Secretário de Desenvolvimento Rural, Jeandro Ribeiro
Secretário de Desenvolvimento Rural, Jeandro Ribeiro -

Recém-alçado ao cargo de titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR), Jeandro Ribeiro falou nesta quarta-feira, 6, ao programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), sobre o lançamento de um edital autorizado pelo Governo do Estado para beneficiar a agricultura familiar. A iniciativa visa contratar instituições executoras de assistência técnica e extensão rural para a promoção do desenvolvimento rural sustentável e produção de alimentos saudáveis nas unidades produtivas familiares.

Segundo Ribeiro, a Bahia tem o maior número de agricultores familiares comparados aos outros estados do país. "São quase 600 mil famílias (593 mil). Colocando uma média de quatro membros por família, é uma população que ultrapassa 1 milhão e meio de habitantes e gera emprego, renda e alimento. Recentemente fizemos um estudo e ele apontou que boa parte dos produtos que chegam à mesa dos baianos vem da agricultura familiar", salientou.

Na avaliação do secretário, a ampliação da assistência ao setor é essencial para o seu desenvolvimento. "Precisamos ampliar um serviço tão importante porque ele é indutor, ou seja, induz as outras políticas públicas para que o homem e a mulher permaneçam no campo. E estamos falando de agricultores familiares, de assentados da reforma agrária, de povos e comunidades tradicionais. Desses 593 mil, estamos chegando agora a 130 mil famílias com esse serviço. E diferente de outros momentos, a assistência técnica está entrelaçada com o investimento", adicionou.

Uma das premissas da gestão, segundo Jeandro, é a descentralização das assistências técnicas aos agricultores familiares, com pessoas capacitadas que estejam nas próprias cidades. "Tem que ser com pessoas que conhecem a realidade do município. Eu não posso sair de Alagoinhas e prestar assistência técnica em Aporá. Tem que ser a turma de lá para fazer esse serviço. É por isso que em 2015 a secretaria buscou descentralizar a assistência técnica através das organizações sociais e das prefeituras utilizando a ferramenta dos consórcios. Quem conhece de fato aonde está o problema é quem passa por ele", enfatizou.

O secretário apontou ainda que os projetos para o setor levam em conta a divisão dos 26 territórios de identidade do estado. Ele explicou que todos os projetos, que são escritos pelas comunidades e organizações sociais, passam por um conselho territorial para que seja feita uma avaliação inicial. Antes disso, no entanto, elas contam com o auxílio da assistência técnica.

"Uma dessas etapas é o conselho municipal de desenvolvimento sustentável, onde é feita a primeira avaliação. Passando dessa primeira, vai para a segunda, que é o colegiado territorial, onde há um agrupamento de pessoas que estão na sociedade como um todo (sociedade civil organizada, poder público), até chegar à nossa análise técnica", ressaltou.

Como resultado das iniciativas, Ribeiro citou o estímulo à economia do próprio município em que os agricultores atuam. "O agricultor que planta o hectare de mandioca, que ao fazer sua farinha, ao vender ela no mercado municipal onde mora, ao receber o dinheiro, vai gastar no próprio município, estimulando a sua economia", exemplificou.

Assista à entrevista:

A Tarde FM

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