Pé no freio nas vendas de veículos importados
A escassez de semicondutores deixa as vendas de carros importados de luxo no Brasil com o pé no freio. Em 2020, no auge na pandemia, e até mesmo no primeiro quadrimestre deste ano, as marcas premium celebravam o excelente desempenho comercial. Hoje, a demanda segue alta, mas a capacidade produtiva das fábricas, globalmente, não é a mesma.
Em outubro passado, as vendas de carros importados das empresas associadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) caíram 14,6%. Foram emplacadas 1.597 unidades em outubro, e 1.871 unidades em setembro último. Comparados a outubro de 2020, os licenciamentos registram queda de 39,4%.
Entretanto, em outubro último houve aumento nas vendas de veículos de produção nacional. No balanço mensal, a entidade divulgou: 4.711 unidades emplacadas, crescimento de 10,1% ante as vendas de setembro último, quando foram anotadas 4.278 unidades. Atualmente, 11 marcas são filiadas à Abeifa: dentre elas a Ferrari, Jaguar, Land Rover, Porsche, Maserati, Volvo.
Acumulado
No acumulado dos primeiros dez meses do ano, as unidades importadas significaram queda de 4,9%: de janeiro a outubro de 2021, foram registradas 21.392 unidades, contra 22.491 emplacamentos de importados, em igual período de 2020. Já a produção nacional das associadas à Abeifa acumula, no mesmo período, 39.952 unidades licenciadas, contra 23.734 unidades dos primeiros dez meses de 2020, alta de 68,3%.
O presidente da entidade, João Henrique Oliveira, explica que tanto na importação como na produção nacional, em outubro, de novo, as associadas não conseguiram atender à demanda potencial. “Devido à falta de produtos em consequência do abastecimento instável de semicondutores”, explica. “Infelizmente, a indústria automotiva internacional deve ser impactada por falta de insumos ao longo do próximo ano. Isso tem provocado fila de espera por vários modelos importados”, afirma.