Bruno Reis diz que indenizações a moradores no Tororó são "justissímas"
A decisão da Prefeitura de Salvador de iniciar a demolição dos imóveis na rua Monsenhor Rubens Mesquita, nas imediações da Estação da Lapa, na manhã de terça-feira, 26, incomodou os moradores que ainda não fizeram acordos para deixar as suas residências e que alegam ter prejuízos estruturais após a derrubada das casas vizinhas.
A desapropriação se tornou polêmica na capital baiana e os que resistem em deixar suas casas denunciam nas redes sociais as ações da Prefeitura. O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM) foi questionado pela reportagem do Portal A TARDE sobre o tema e explicou o tratamento dado aos moradores da área.
"No caso do Tororó todas [as pessoas] estão recebendo indenizações justissímas. São quase R$ 8 milhões que a Prefeitura está pagando de indenizações no Tororó. De 53 famílias apenas quatro ainda não fecharam acordo e estão negociando com a Prefeitura. A gente chemou, negociou, deu tempo para pessoar sair da residência e só ontem inicou a demolição. Não foi feito nada que não fosse acordado. Nós tínhamos decisões judiciais que permitiam realizar demolição para depois negociar. Tem quatro famílias que restam chegar a acordo e espero que cheguem a este acordo", disse o prefeito em lançamento do programa Salvador Solar, no bairro do Comércio, nesta quarta-feira, 27.
De acordo com Bruno Reis, o processo de indenização que ocorre no Tororó é semelhante a qualquer outra desapropriação causada por obras públicas na capital baiana. O gestor voltou a afirmar que considera as indenizações justas.
"Tem sido assim em todas as obras da Prefeitura. Havia uma dificuldade para indenizar benfeitorias em áreas públicas e nós mandamos para Câmara um projeto (já aprovado e sancionado) que permite indenizar. Posso assegurar que não há uma obra com possibilidade de demolir imóvel ou residência sem a justa indenização prévia e em dinheiro, a não ser que a pessoa opte em ir para uma unidade habitacional construída".
A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) responde pela desapropriação no Tororó. De acordo com a Prefeitura, o local será usado para a construção de um elo entre a Estação da Lapa e o BRT. Além disso, o prefeito informou que ainda existe a possibilidade da construção de um novo shopping na região.
"As demolições foram necessárias para a gente iniciar a segunda etapa do BRT, que vai da Estação da Lapa ao Cidade Jardim e encontrar com a primeira que está praticamente pronta e a terceira que ficará pronta em fevereiro. Espero até o final de novembro iniciar a obra. Ali no Tororó será feito um pátio para integrar o BRT com a Estação da Lapa", falou.