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Lei seca ou molhada, a ordem é se distrair

Publicado quinta-feira, 31 de julho de 2008 às 21:31 h | Atualizado em 31/07/2008, 22:07 | Autor: Michele Louvores, do A Tarde

Tem gente da vizinhança que chama o dono do bar pelo nome e gente que vai de fora, do outro lado da cidade, para se distrair. Na Rua Direta do Saboeiro, esteja a lei seca ou molhada, o ambiente é descontraído e familiar e são muitas as opções para se divertir gastando pouco.

Ainda no início do trecho da Avenida Silveira Martins, uma barraca grande marca presença no local, há 15 anos. Donos do Frangal, o casal Herval e Maria das Graças, a Gal que empresta o nome ao bar, contam a história do sucesso.

Cearense, Herval trouxe da terra natal a receita do frango e um churrasqueiro que ensinou o tempero para os demais funcionários. “Já teve gente que veio aqui, pediu o frango e gostou tanto que outro dia recebi uma ligação pedindo pra mandar por avião para Santa Catarina. Só não sei se chegou quentinho”, brinca.

Estacionamento - Ele e a esposa moram pertinho do bar, que conta com o amplo estacionamento de um terreno baldio, além de um ponto de ônibus e táxi para quem não quer dirigir.

“Nos lugares que freqüento, as pessoas estão mais ligadas, mas estou vendo as mesmas caras. Até concordo que haja uma lei, mas acho que não deveria ser tão radical. Isso quebra a questão do social. A gente vem aqui no Frangal para bater um papo e tomar uma cerveja”, conta a técnica administrativa Rosângela de Carvalho, que mora no Rio Vermelho, mas trabalha no Cabula. Acompanhada de uma amiga, colocava a fofoca da semana em dia.

Mais adiante, outro cantinho especial é o King Clube da Cerveja, onde os clientes chegam chamando os donos Sérgio e Júlio César pelo nome.

“Eu digo pra Sérgio que a única coisa que falta aqui é uma passarela, porque, como a gente sai daqui tarde, o único perigo é atravessar a rua pra chegar em casa depois de ter tomado as cervejas”, confessa, satisfeito, o consultor de vendas Genilson Ramos.

Com os amigos Hugo Macedo e Teslley Matogrosso, ele costuma freqüentar o bar sempre para tomar uma cerveja, ver os jogos e jogar conversa fora.

De acordo com Sérgio Santana, “o público é variado, 80% é de fora por causa das faculdades, mas os moradores são assíduos. Além da música ao vivo, com couvert de R$ 2 por mesa, deixamos o microfone à disposição do cliente”.

Variedade - O cardápio é sortido e tem desde escondidinho de camarão até simples espetinhos. O destaque vai para a nevada, receita mantida sob sigilo pelos proprietários e que é uma opção refrescante para quem quer beber algo diferente, com ou sem álcool.

Curiosamente, a única coisa que o cardápio do bar de Sérgio e Júlio não tem é pastel. “A gente fazia, mas, desde que o Pastelzinho da Ilha veio pra cá, tiramos do cardápio. Nesses tempos, essa é uma forma de dar apoio ao pessoal do bairro, cada comerciante tem de apoiar o outro”, diz.

A menos de 50m do King Clube da Cerveja, o Pastelzinho da Ilha tem 25 sabores do produto, feito em massa caseira, que vão dos simples aos exóticos, como aipim com carne-do-sol. Agora, é só escolher!

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