Policiais suspendem atendimento em delegacia na Baixa do Fiscal
Recomendação ao público é buscar por atendimento em outra unidade
Policiais civis que atuam na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), que fica na região da Baixa do Fiscal, suspenderam o atendimento ao público nesta terça-feira, 22.
A paralisação é um protesto pela remoção de 30 detentos que estão na unidade e deveriam ter sido transferidos a unidade prisional. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Eustácio Lopes, o ato pede que o governo da Bahia cumpra uma decisão judicial de 2017.
A paralisação, segundo ele, seguirá enquanto a remoção não for realizada.
"No Brasil, hoje, não existem mais presos em Delegacias. Tem uma decisão judicial de 2017 informando que não deveria mais existir presos em delegacias, mas o estado descumpre a decisão judicial. Por isso estamos suspendendo todas as atividades até a transferência dos 30 presos que estão aqui na Furtos e Roubos", disse em entrevista à TV Bahia.
A recomendação ao público é buscar por atendimento em outra unidade.
Além da transferência dos custodiados, a categoria pede ainda equiparação salarial dos investigadores, escrivães e peritos criminais para nível superior.
Na semana passada, mais de 300 delegados da Polícia Civil da Bahia decidiram entregar os cargos e suspenderam por 30 dias as operações em todo o estado.
A categoria aponta ainda ausência de diálogo e falta de investimentos na instituição, em estrutura e na contratação de pessoal.
Ao Portal A TARDE, a Polícia Civil informou que segurança pública é serviço essencial e citou que em 2017, durante paralisação de policiais civis, o STF decidiu que a vedação de greve a policiais militares, bombeiros e militares das Forças Armadas se estende a eles.
"Uma opção permanente para os registros da população é a Delegacia Virtual, onde 15 tipos de ocorrências podem ser registradas", disse a nota. O órgão pontuou que custódia de presos é atribuição da Secretaria de Administração Penitenciária.