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Roubos são comuns nas ruas sem luz

Publicado domingo, 15 de junho de 2008 às 21:44 h | Autor: Eder Luis Santana, de A Tarde

Em locais sem iluminação pública os ladrões aproveitam para agir. Essa é a rotina das áreas onde a escuridão não foi solucionada pelo poder público, como a rua localizada no setor E de Mussurunga, próxima do Centro de Saúde Eduardo Mamede.



Há mais de um mês, as lâmpadas queimaram e os postes se tornaram inúteis. E logo em uma rua com fluxo intenso de pessoas. “Muita gente tem o celular roubado aqui”, diz a aposentada Elizabete Macedo, 66 anos.



Moradora da rua há 29 anos, Elizabete diz ter ligado diversas vezes para a prefeitura no serviço Salvador Atende (156), mas nunca teve sua solicitação respondida. “Fico preocupada com meu neto que chega tarde da faculdade”, completa.



Outro local no bairro que precisa de mais atenção é a Rua da Adutora, onde sete pessoas foram mortas na semana passada. Apesar de ter trechos iluminados, a entrada da rua está entregue à escuridão.



A violência também reina quando a noite chega na Avenida Paulo Souto, conhecida como o final de linha das topics, em Itapuã. A diferença é que, lá, as lâmpadas foram arrancadas por vândalos. “Da última vez que instalaram foi tudo destruído em duas semanas”, recorda o comerciante Antonio Bonifácio, 62 anos.

 

Atos de vandalismo se voltam contra a população, em especial os que chegam em casa à noite. “Assaltos acontecem sempre”, afirma Bonifácio, após lembrar que 50 topics passam na rua.


ROUBOS –
  Todos os meses são gastos mais de R$ 100 mil com roubos e atos de vandalismo na iluminação pública. Mês passado foram R$ 170 mil, de acordo com o secretário Fábio Mota. “É constante a reposição de fios, cabos e luminárias”, completa.



O maior problema é que não existe um grupo policial que combata de modo efetivo esses crimes. Até o ano passado existia o Grupo de Repressão aos Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos, mantido por uma parceria entre o governo do Estado, a Coelba e a Embasa.



Porém, o grupo foi extinto e as queixas são levadas às delegacias comuns. “Nas delegacias  não há como investigar todos esses crimes quando se tem delitos como roubos, assaltos e homicídios”, diz Neide Barreto, que foi responsável pelo grupo e hoje  é vice-diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom).

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