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Estrutura de evento desaba e mata operário em Sauípe

Publicado quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013 às 23:03 h | Atualizado em 13/02/2013, 23:03 | Autor: Thaís Seixas e Luana Almeida
Estrutura dasaba_sauipe
Estrutura dasaba_sauipe -

Um operário morreu e pelo menos outros 30 ficaram feridos após o desabamento de uma estrutura metálica no Complexo Hoteleiro da Costa do Sauipe, em Mata de São João (Grande Salvador), na manhã desta quarta-feira, 13. As vítimas trabalhavam na montagem de uma arena e de um palco que seriam utilizados para um evento do Banco Bradesco.

O acidente teria sido causado por uma forte rajada de vento, que derrubou as vigas em "efeito dominó", de acordo com informações de trabalhadores. Com a queda, um dos operários, que não teve o nome revelado, ficou preso às ferragens e morreu minutos após o resgate.

De acordo com informações da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), das 20 vítimas encaminhadas para o Hospital Geral de Camaçari, 17 continuavam internadas, uma havia sido transferida para o Hospital do Subúrbio e duas para o Hospital Português.

Dos oito feridos levados para o Menandro de Farias, dois tiveram ferimentos leves e aguardavam alta, e seis foram encaminhados para o Hospital do Aeroporto. Outra vítima foi socorrida em uma unidade de saúde  municipal.

De acordo com o secretário da Saúde de Camaçari, Vital Sampaio, o hospital da cidade chegou a receber cerca de 100 vítimas após o acidente, a maioria deles com ferimentos leves. A maior parte foi liberada ou transferida para demais unidades da rede estadual de saúde.

A auxiliar de montagem Jucileide Batista, de 18 anos, relembra os momentos de pânico durante o desabamento. "Estava dentro da cozinha e ouvi um barulho que parecia uma trovoada. Até que os ferros começaram a cair e as pessoas saíram correndo. Eu consegui escapar, mas uma colega quebrou as duas pernas e outra foi atingida na cabeça por uma barra de ferro", revela a funcionária.

Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Unimed e da Sesab realizaram o atendimento às vítimas que, inicialmente, contaram com o apoio dos hóspedes. "Minhas duas filhas, que são da área de saúde, ajudaram nos primeiros socorros, pois as ambulâncias chegaram sem médicos", explica a pedagoga Patrícia Tavares, que estava hospedada com a família em uma pousada.

Falta de informação - Representantes da Igreja Batista do Avivamento, de Cajazeira XI, tentavam obter informações sobre quatro operários da obra, porém sem sucesso. O grupo reclamava que a administração do complexo hoteleiro se recusava a passar informações e impedia a entrada deles.

"É uma aflição muito grande. Há mães, esposas e famílias querendo notícias, e nós não temos nenhuma. O problema maior é o descaso deles", reclamava a pastora Sueli Barbosa. Após a espera, ela foi informada sobre o destino dos operários, socorridos para Camaçari.

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