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Novo presidente do TJ-BA se coloca contra fechamento de comarcas

Publicado terça-feira, 18 de fevereiro de 2020 às 09:49 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Da Redação
Lourivaldo Trindade concedeu entrevista ao programa Isso é Bahia | Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE
Lourivaldo Trindade concedeu entrevista ao programa Isso é Bahia | Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE -

Em 2019, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) aprovou o fechamento de 18 comarcas localizadas no interior. No entanto, uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a suspensão da medida.

Na Corte baiana, dentre os contrários ao fechamento na ocasião da votação, estava o desembargador Lourival Trindade, novo presidente do TJ-BA. Em entrevista ao programa Isso é Bahia, na Rádio A TARDE FM, o chefe do Judiciário informou que o assessor especial da Presidência, juiz Fábio Alexsandro Costa Bastos, esteve em Brasília nesta segunda-feira, 17, no CNJ, onde manifestou a posição da nova gestão em favor da manutenção das comarcas. 

"Estamos nos colocando inteiramente contrários à desativação de comarcas. Não podemos transformar o poder Judiciário dentro de uma visão do economicismo precário. Um bem essencial à vida não tem preço. Sou radicalmente contra essa ideia de fechamento de comarcas no interior", reiterou Trindade.

Segundo o presidente, o primeiro grau da Justiça baiana precisará de um olhar especial. "Chega a ser uma realidade desalentadora. Nós vivemos um quadro de caos e estrangulamento da Justiça lá no primeiro grau. Temos que enfrentar estes desafios. Citando o poeta Fernando Pessoa, não tenho medo dos desafios, aprendi a desafiar o desafio".

O magistrado disse ainda que terá um trabalho, durante o biênio 2020/2022, pautado pela transparência. "O principal desafio nosso é convocar a sociedade como um todo para que o nosso Judiciário tenha essa visão da transparência do que se ocorre lá dentro. Nada se fará às ocultas. Terá que ser feito às vistas de todos. O Judiciário não pode fugir a essa regra de transparência que todo poder constituído precisa ter. A opinião pública é a nossa fiscal", disse.

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