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Tatuadora baiana é vítima de racismo em Fortaleza: “gerente alegou que se confundiu”

Caso aconteceu nesta sexta-feira, 18; tatuadora é conhecida nas redes sociais de Salvador

Por Brenda Viana

19/07/2025 - 15:47 h
Baiana foi abordada por três seguranças
Baiana foi abordada por três seguranças -

Imagina ser soteropolitana, mulher preta, sair de Salvador para trabalhar em Fortaleza, no Ceará, fazendo tatuagens e, durante um passeio pelas ruas na cidade, ser abordada por três seguranças alegando que produtos foram, supostamente, furtados de uma loja?

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Foi o que aconteceu com Suiane Souza na última sexta-feira, 18. A baiana de 27 anos, está passando o mês de julho na capital nordestina realizando tatuagens e decidiu conhecer melhor o centro de Fortaleza. Entre uma loja e outra, a profissional foi abordada por três homens vestindo roupas pretas, alegando serem seguranças de uma loja que, segundo Suiane, se chama Power LBX, localizada na rua Barão do Rio Branco, uma filial que fica na parte central da cidade onde vende variedades, como bolsas, malas e outros itens pessoais.

Em um vídeo enviado ao Portal A Tarde, a baiana explicou que eles a seguiram após sair de uma loja de maquiagem, também no centro de Fortaleza, seguraram a bolsa dela e a fecharam formando um círculo. Os homens levaram Suiane para estabelecimento que a acusava de roubo.

Imagem ilustrativa da imagem Tatuadora baiana é vítima de racismo em Fortaleza: “gerente alegou que se confundiu”
| Foto: Reprodução

"Chegando lá, eles me pediram para ir para um canto e revistaram minha bolsa. Uma funcionária veio, revistou, tem tudo gravado", explicou a jovem, visivelmente abalada.

Imagem ilustrativa da imagem Tatuadora baiana é vítima de racismo em Fortaleza: “gerente alegou que se confundiu”
| Foto: Reprodução

Ela contou ainda que, após terem feito Suiane passar pelo constrangimento, o gerente da loja se dirigiu até a baiana alegando que pode ter sido um erro de confusão. "Talvez ele tivesse se confundido, sendo que colocou três seguranças da loja para irem atrás de mim".

Em um dos vídeos enviados ao portal, registrado no momento da abordagem, é possível ver Suiane filmando a tela do computador que grava as câmeras de segurança da loja. A todo momento a jovem grita se defendendo, durante a aflição e desespero, que não realizou o roubo. No entanto, um dos seguranças, que está com um pano no rosto para não ser reconhecido, insiste no suposto roubo.

-"O que é isso aí, senhora? Olhe a imagem [aponta o segurança para a gravação, sem citar qual foi o item que supostamente foi roubado]"

-"Sou eu, sim. Cadê eu colocando alguma coisa na bolsa? Não dá para ver nada", rebate Suiane, gravando a tela do computador.

Para Suiane, a pior parte não foi apenas a acusação de roubo, mas também a vergonha de voltar à sociedade após ter passado pelo constrangimento da abordagem na rua.

"Nem mesmo a coragem de assumir o erro eles tiveram, de me pedir desculpas. Eu saí da loja como se estivesse errada por me defender enquanto uma pessoa não culpada. Estragou o meu dia, estragaram minha viagem e me traumatizou para o resto da vida", desabafa.

Retorno do estabelecimento

O Jornal A Tarde entrou em contato com a loja Power LBX pelas redes sociais, mas até o fechamento da matéria, não houve o retorno. O espaço segue aberto para resposta.

Veja vídeo:

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Tags:

fortaleza racismo Tatuadora baiana

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