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Doze militares são julgados nesta quarta por morte de músico com 80 tiros no Rio

Publicado terça-feira, 12 de outubro de 2021 às 09:12 h | Atualizado em 12/10/2021, 09:20 | Autor: Da Redação
Evaldo Rosa foi alvejado dentro de seu carro por militares | Foto: Reprodução
Evaldo Rosa foi alvejado dentro de seu carro por militares | Foto: Reprodução -

A Justiça Militar julga na próxima quarta-feira, 13, os doze militares do Exército envolvidos na morte de um músico que estava em um carro alvejado com mais de 80 tiros no Rio de Janeiro em abril de 2019. O julgamento já foi adiado três vezes e os militares respondem o processo em liberdade.

Em abril de 2019, o músico Evaldo Rosa dos Santos estava a caminho de um chá de bebê quando passou por patrulha na região da Vila Militar em Guadalupe, na zona norte do Rio, onde foi alvo de 257 tiros de fuzil de pistola. O carro em que o músico estava foi atingido por 80 tiros.

Além do assassinato do músico, os militares também respondem pela morte do catador de recicláveis Luciano Macedo, baleado ao tentar ajudar a família que estava no veículo. Os militares foram denunciados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e omissão de socorro.

Além de Evaldo, também estavam no carro a sua esposa, o filho e sogro, além de uma adolescente. A Procuradoria de Justiça Militar no Rio de Janeiro diz que não houve ordem para parar o carro e não havia posto de bloqueio ou blitz na estrada.

A versão dos militares é que eles teriam confundido o carro do músico com o de criminosos que, minutos antes, haviam roubado um carro da mesma cor que o da vítima, mas de outra marca e modelo.

Foram presos o tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo, o sargento Fábio Henrique Souza Braz da Silva e soldados Gabriel Christian Honorato, Matheus Santanna Claudino, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa Gonçalo, Leonardo Oliveira de Souza, Gabriel da Silva de Barros Lins e Vítor Borges de Oliveira. Todos atuam no 1º Batalhão de Infantaria Motorizado, na Vila Militar, na zona oeste do Rio, que foram liberados para responder em liberdade.

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