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Felipe Neto cria projeto para defender gratuitamente quem for processado por criticar Bolsonaro

Publicado quinta-feira, 18 de março de 2021 às 15:13 h | Atualizado em 18/03/2021, 15:46 | Autor: Da Redação
Frente de advogados 'Cala-Boca Já Morreu' será integrada por especialistas no tema | Foto: Reprodução | Instagram
Frente de advogados 'Cala-Boca Já Morreu' será integrada por especialistas no tema | Foto: Reprodução | Instagram -

O youtuber Felipe Neto está organizando uma frente de advogados para defender gratuitamente todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem de maneira contrária ao presidente Jair Bolsonaro, ou por expressarem uma ideia e criticarem alguma autoridade pública. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

O projeto intitulado de "Cala-Boca Já Morreu" será integrada pelos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos e Davi Tangerino, que estão entre os mais respeitados especialistas no tema. Qualquer indivíduo que não possua advogado constituído poderá usar o serviço, no qual por meio de uma página na internet, será possível acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos.

"O 'Cala-Boca já Morreu' será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos", afirmou Felipe Neto, à colunista.

Intimação

Felipe foi intimado na segunda-feira, 15, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor em uma investigação por suposto "crime contra a segurança nacional", por ter chamado Bolsonaro de "genocida" em seu perfil no Twitter.

A investigação foi aberta a pedido do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que protocolou uma petição denunciando o suposto crime. No entanto, de acordo com informações de O Globo, a juíza Gisele Guida suspendeu na manhã desta quinta-feira, 18, a investigação, reconhecendo a ilegalidade da instauração do procedimento criminal e determinou a imediata suspensão da investigação.

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