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Secretária de cônsul disse à polícia que limpou sangue no apartamento

No depoimento, a mulher contou que, na madrugada de sábado, por telefone, Uwe Herbert Hahn teria dito que o marido sofreu um infarto

Publicado segunda-feira, 08 de agosto de 2022 às 15:43 h | Atualizado em 08/08/2022, 15:46 | Autor: Da Redação
O corpo de Walter Henri Maximillen Biot continua no IML aguardando parentes para a liberação
O corpo de Walter Henri Maximillen Biot continua no IML aguardando parentes para a liberação -

Valéria Teixeira de Castro, a secretária do cônsul da Alemanha no Rio de Janeiro, Uwe Herbert Hahn, durante depoimento prestado na 14ª Delegacia de Polícia no Leblon, bairro da capital do Rio de Janeiro, disse aos policiais que lavou uma mancha de sangue no apartamento em que Walter Henri Maximillen Biot, de 52 anos, foi encontrado morto.

No depoimento, de acordo com O Globo e a CNN Brasil, ela contou que, na madrugada do sábado, 6, Hahn mandou uma mensagem de texto dizendo “Walter está morto. Teve um infarto”. Pela manhã, a secretária contou que foi ao apartamento em que o chefe mora, em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro.

Segundo ela, o cônsul contou que a vítima começou a passar mal, correu em direção à varanda e caiu. Ela então percebeu que o cachorro lambia uma mancha de sangue. Ela, então, pegou um balde e detergente e fez a limpeza superficial da área.

A delegada que acompanha o caso, Camila Lourenço, explicou que com os depoimentos quer saber como era o relacionamento do casal. Mais uma testemunha é aguardada para esta tarde, com o mesmo objetivo.

O corpo de Walter Henri Maximillen Biot continua no IML aguardando parentes para a liberação.

Uwe Herbert Hahn está preso no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Durante a audiência de custódia, realizada no domingo, 7, teve a sua prisão em flagrante convertida em preventiva.

O caso

O cônsul da Alemanha na cidade do Rio de Janeiro, Uwe Hahn, foi preso no sábado, 6, em flagrante por suspeita de matar seu marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos. Biot foi encontrado morto na cobertura onde morava, em Ipanema, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro.

A Polícia Militar foi acionada inicialmente para verificar uma ocorrência de morte por “mal súbito” no local. Posteriormente, no entanto, peritos constataram a existência de lesões pelo corpo de Biot, por isso, um inquérito foi aberto pela Delegacia do Leblon (14ª DP).

“O corpo tem múltiplas lesões e a causa da morte é um traumatismo na nuca. A gente entende que a versão dele é incompatível com as provas produzidas pela perícia. A delegada Camila Lourenço, da 14º Delegacia, entende que era o caso de autuação em flagrante”, declarou Lopes à CNN.

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