Hollywood critica cancelamento de "A Entrevista"
Cineastas e atores de Hollywood expressaram indignação na quarta-feira (18) após a Sony Pictures ter cancelado o lançamento da comédia "A Entrevista", por causa de ameaças feitas por crackers contra o estúdio.
Os atores Ben Stiller, Steve Carell, Rob Lowe, o apresentador Jimmy Kimmel e o cineasta Judd Apatow, todos amigos dos atores principais de "A Entrevista", Seth Rogen e James Franco, criticaram a decisão tomada pelas redes de cinema e pela Sony.
Lowe, que faz uma ponta no filme, tuitou: "Nossa. Todo mudo cedeu. Os hackers venceram. Uma vitória total e completa para eles".
O filme satírico conta a história de um apresentador de TV (Franco) e seu produtor (Rogen) que conseguem uma entrevista com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e são recrutados pela CIA para assassiná-lo.
A Sony Pictures cancelou o lançamento do filme, em 25 de dezembro, depois que grandes redes de cinema dos EUA decidiram adiar as exibições, à medida que crackers forçaram uma mudança de planos sem precedentes em um grande lançamento de filme.
Kimmel, pelo Twitter, chamou a decisão de "um ato antiamericano de covardia que valida ações terroristas e estabelece um terrível precedente".
Stiller, que dirigiu e estrelou a comédia "Zoolander", de 2001, sobre um modelo que passa por uma lavagem cerebral para assassinar um fictício primeiro-ministro da Malásia, classificou o cancelamento de "A Entrevista" como uma "ameaça à liberdade de expressão".
Carell, que dividiu a tela com Rogen em diversas comédias, disse que é "um dia triste para a expressão criativa".
Chaplin pic.twitter.com/LE5w3f3HAs
Steve Carell (@SteveCarell) 18 dezembro 2014
Tanto Carell quanto Stiller tuitarm fotos de Charlie Chaplin interpretando sua paródia sobre Adolf Hitler, "O Grande Ditador", de 1940.
Franco e Rogen, que dirigiram, produziram e escreveram "A Entrevista" com o parceiro Evan Goldberg, não fizeram pronunciamentos públicos.