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O socorro às empresas urge

Publicado quarta-feira, 30 de junho de 2021 às 06:04 h | Autor: ACB Em Foco*
Mário Dantas, presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) | Foto: Divulgação
Mário Dantas, presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) | Foto: Divulgação -

Diversos setores da economia não hesitaram em apoiar as duras medidas restritivas necessárias durante os piores momentos da crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19. Com isso, muitas empresas do comércio e dos serviços não essenciais baixaram suas portas em razão das medidas restritivas e dos lockdowns pelo país, contribuindo para evitar o colapso no sistema de saúde do Brasil e o consequente aumento de vidas perdidas.

Desde o começo da pandemia, a Associação Comercial da Bahia (ACB) esteve alinhada às políticas de preservação de vidas humanas. Agora, com o avanço da vacinação e a aproximação de um possível controle da doença, todos os esforços têm que ser empregados em outra frente: apoiar a sobrevivência das empresas, conter as demissões e garantir a renda dos trabalhadores e de suas famílias.

Sem sombra de dúvidas, as empresas são as maiores responsáveis pela retomada da atividade econômica, manutenção de postos de trabalho e geração de renda. Diante disso, a entidade está em luta por apoio governamental para a manutenção das empresas. Sem este apoio, é grande o risco de muitos negócios continuarem a quebrar, gerando dificuldades não apenas para os empresários, mas também para a sociedade e para o orçamento público a curto, médio e longo prazo.

Vivemos um momento dramático e o apoio precisa ser imediato. É fundamental não apenas a reedição e ampliação das linhas de crédito que o governo federal já disponibilizou. Precisamos avançar em mecanismos que possibilitem que estas políticas levem apoio efetivo às mãos dos empresários, sobretudo àqueles que se encontram em situação de maior dificuldade.

Principalmente a União, que tem maior capacidade de endividamento e de emissão de moedas, precisa apoiar as empresas desde já. Nesta linha, é urgente e necessária a adoção do Refis federal. Do mesmo modo, é imprescindível o decreto de um Refis estadual efetivo, além da reedição do Refis municipal.

A ACB está empenhada para que as três esferas do governo tenham a sensibilidade necessária para apoiar a continuidade das atividades empresariais. As diversas entidades empresariais tiveram a sensibilidade para apoiar as medidas de restrição de atividades econômicas e de preservação de vidas e devem agora estar unidas em prol de um projeto de retomada da economia. As entidades precisam se unir, reclamar e gritar por ajuda, sim. Enquanto as promessas dos governos não são efetivadas, as contas estão chegando, os protestos e as ações de falência estão crescendo exponencialmente, e as empresas estão fechando as suas portas.

Ou o governo adota medidas imediatas para garantir fôlego para os setores da economia continuarem suas atividades ou será muito tarde para garantirmos a sobrevivência da nossa atividade empresarial. A consequência mais cruel o fechamento de empresas será o desemprego e o consequente aumento da pobreza e da fome.

*Publicada às quartas-feiras, a coluna cobre a atuação da Associação Comercial da Bahia na defesa do empresariado baiano

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