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Todo poder emana do povo

Publicado quarta-feira, 18 de agosto de 2021 às 06:02 h | Autor: Da Redação
Diretoria executiva da ACB Hitanez Freitas | Foto: Divulgação
Diretoria executiva da ACB Hitanez Freitas | Foto: Divulgação -

Com o propósito de defender os interesses dos setores produtivos do estado, a Associação Comercial da Bahia (ACB) vem manifestar a sua preocupação e indignação com a crescente insegurança jurídica que vivemos atualmente no nosso país. Responsável pela produção de riqueza, geração de empregos e renda, pagadora de tributos e, consequentemente, provedora de bem-estar social, a classe empresarial não pode continuar passiva diante desta situação.

Diante deste ambiente, a ACB convoca todas as entidades empresariais, empreendedores e trabalhadores para atuarem coletivamente, juntando suas vozes em uníssono coro. Precisamos retomar a representatividade dos cidadãos brasileiros, que têm o verdadeiro poder absoluto em um regime republicano e democrático.

O que estamos assistindo é a uma total inversão de prioridades em detrimento de ideais políticos, brigas pessoais e desdém das obrigações que foram confiadas por nós, através do voto. São muitas demonstrações de atuação por interesses próprios, com a argumentação de defesa do estado democrático e de direito, mas que, na verdade, mais se assemelham a agressões à Constituição e abuso de autoridade, que nos levam à insegurança jurídica, ao pânico e à instabilidade econômica.

Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário gozam de prerrogativas e estâncias para atuarem dentro dos seus limites, de forma independente e harmônica, respeitando as funções que se encontram bastante claras na nossa Carta Magna. A tolerância tem limite. Somos seres políticos e precisamos assumir nossas responsabilidades, chamar a atenção para que respeitem nossa Constituição. Se ficarmos passivos diante destas ações inconstitucionais, nos tornaremos marionetes de ideologias políticas e das manobras com a intenção de usurpar o poder que nos pertence ou, ainda pior, poderemos assistir a uma perda da ordem, fruto de uma crise institucional sem precedentes.

É hora de equilíbrio e atitude para arrumarmos o nosso Brasil. As discussões político-partidárias não podem ocupar o espaço das pautas mais importantes do nosso Congresso. Não podemos permitir uma eterna campanha política, polarizada ideologicamente, egoísta e nociva ao povo brasileiro. Não podemos permitir o ativismo em nenhum dos três poderes e tampouco dos atores que atuam neles.

Neste momento, precisamos da união de todas as entidades das classes produtivas e dos trabalhadores do Brasil para, através de um manifesto, buscar a harmonia e a serenidade que permitam que o Brasil retome os trilhos da ordem e do progresso, aclamados em nossa bandeira. Ainda há esperança. Mesmo que isso implique urgentes reformas constitucionais e políticas no nosso país.

A grave crise institucional precisa ser solucionada e servir de aprendizado. A guerra política entre os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo é vergonhosa e está escancarada em nossas caras. Se queremos ter um guardião da nossa Constituição, precisamos que os poderes Executivo e Judiciário atuem dentro dos seus limites legais. Do mesmo modo, o Legislativo não pode se ausentar das reformas estruturais tão fundamentais e continuar negligenciando projetos de lei indispensáveis para a nação, como as reformas administrativa e tributária.

Urge nos manifestarmos e expressar nossa insatisfação. Vamos todos participar desse movimento. Este país é nosso e sempre será.

Publicada às quartas-feiras, a coluna mostra a atuação da Associação Comercial da Bahia na defesa do empresariado baiano

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