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É preciso planejamento e engajamento das equipes nas prefeituras da Bahia

Publicado segunda-feira, 25 de outubro de 2021 às 10:36 h | Atualizado em 25/10/2021, 10:38 | Autor: Rosemberg Pinto
Deputado Rosemberg Pinto é líder do Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa da Bahia
Deputado Rosemberg Pinto é líder do Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa da Bahia -

Outro dia ouvi alguém dizer que para ser prefeito ou prefeita não bastará mais apenas ter boas intenções. E eu concordo. Para disputar a gestão de uma cidade, o candidato precisará mostrar conhecimento do funcionamento da máquina pública municipal. 

Na semana passada, a Firjan, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, divulgou um índice de avaliação da gestão fiscal do exercício de 2020 dos 5.239 municípios brasileiros, o que, inevitavelmente, despertou na sociedade um debate sobre a eficiência das gestões públicas.

Na Bahia foram analisados 381 dos 417 municípios, onde vivem 14,1 milhões baianos ou 94,4% da população do estado. A conclusão da Firjan é de que uma boa parte das prefeituras baianas apresentou um quadro crítico em sua gestão fiscal, e o desequilíbrio das contas públicas municipais compromete a garantia de bem-estar dos munícipes e até do ambiente de negócios, que ajuda a aumentar a arrecadação.  

Com base no índice geral da Firjan, mais da metade dos municípios baianos registrou pontuação inferior a 0,4 (0 a 1). Ou seja, a maioria das prefeituras está com suas gestões em dificuldade, muitas não conseguiram finalizar o ano com um planejamento financeiro considerado eficiente e algumas até fecharam 2020 com mais restos a pagar do que recursos em caixa, o que comprometeu o exercício seguinte, principalmente num período de pandemia.

Volto a ideia de que não adianta apenas às boas intenções dos prefeitos e prefeitas, ou a vontade de querer fazer acontecer, principalmente os municípios que encontram dificuldade de geração de receita, considerado o principal entrave para a melhora das contas públicas. Os gestores precisam de planejamento. 

“O planejamento é a primeira das funções básicas da administração (planejamento, organização, direção e controle), pois serve exatamente de base para as demais funções. O planejamento define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência, gera ações”, anotou Mauro Giacobbo, do Tribunal de Contas da União, em um artigo sobre “O desafio da implementação do planejamento estratégico nas organizações públicas”.

Além disso, com colaboradores capacitados e suas equipes engajadas, os prefeitos e prefeitas conseguem atender as necessidades de cada cidadão, garantindo uma maior rentabilidade social.

Para isso, o gestor precisa escutar e envolver os seus liderados para que eles passem a ter conhecimento dos processos e estratégias adotados, o que garantirá mais aprimoramento das suas capacidades e competências. Com esse passo, inicia-se o processo de construção de uma equipe alinhada, motivada, participativa e com um objetivo em comum, o que poderá garantir no futuro uma gestão de excelência. 

Deputado Rosemberg Pinto é líder do Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa da Bahia

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