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Um desafio para os órgãos da Prefeitura de Salvador

Publicado quinta-feira, 13 de janeiro de 2022 às 19:57 h | Atualizado em 13/01/2022, 20:04 | Autor: Jolivaldo Freitas

Olha que Salvador já deixou de ser terra de índio desde os tempos em que os jesuítas se picaram do Brasil. Deixou de ser terra de caubóis desde quando as cabeças dos cangaceiros foram sepultadas, mas mesmo assim tem empresário e empresas que agem como se a capital da Bahia que já foi capital da Terra Brasilis fosse uma terra sem lei. E isso pode ser medido pela arrogância com que tratam os assuntos correlatos às irregularidades que cometem. E eu conto dois casos.

O primeiro é a briga que vem travando os moradores de perto da Primeira Ponte com a Zitelmann de Oliva, no bairro do Flamengo – um dos mais caros metros quadrados da cidade com taxa de IPTU de tamanho assombroso – com dois restaurantes: o “A Toca” e o “Flamengo”. O senhor e a senhora não irão acreditar o que estes pontos de comércio fizeram e vêm fazendo na região. Eles invadiram área pública. Fizeram um “puxadinho” de onde seria o seu batente até a beira do asfalto. “Roubaram” o passeio público. Colocaram muro e alambrado, encheram de mesas e cadeiras. Mas, está pensando que os moradores podem desviar para o asfalto? Nada disso. Todo o asfalto é tomado por carros. O asfalto nos finais de semana, noatademente a partir das 19 horas, viram estacionamento.

Para complicar o bar e restaurante “A Toca” tem som ao vivo de sexta a domingo e no verão outros dias são programados para a farra. Acredite que, mesmo aos domningos, o som altíssimo dura até após a meia-noite. É o típico lugar onde vale a máxima de que “só fecha quando sair o último freguês”. Daí que moradores estão há muito tempo tentando uma solução para com os proprietários e ouviram – lem,bra que falei da arrogância em parágrafo anterior? – quenem adianta chiar que os pessoal da Prefeitura Municipal de Salvador “é corrente”. OI que ser´que queremn dizer com isso? Claro que deve ser mentira, se for o que estamos a imaginar.

Mas os moradores observam que as queixas contra o som alto e notadamente a prática do som ao vivo que uktrapassa o prerconizado pela Lei do Silêncio não são atendidas faz tempo e esperam que a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP) vá lá e desminta os proprietários boquirrotos que espalham fakes injustificados contra seus funcionários. Querem que a Sedur vá lá colocar ordem no local. C om relação a ligar para a PM explicam que das vezes que os policiais aparecem é para molhar a garganta, fazer um lanchinho noturno, coisa que eu não acredito.

Problemas com a Construtora Vera Cruz

Também abordo aqui outra denúncia. A outra questão é a falta de respeito de uma construtora que começou a edificar um prédio na Avenida Sete de Setembro entre os números 2747 e 2777, na Ladeira da Barra, na parte alta da ladeira. Os operários começam os trabalhos antes das 8 horas da manhã e ultrapassam o horário determinado por lei para encerramento, usando geradores, perfuratrizes e equipamentos de marcenaria. Esta semana lançaram montes de gravilhões em direção às janelas dos prédios. Os apartamentos próximos recebem banhos de cimento e concreto. A obra é de responsabilidade da Vera Cruz Construtora, cujo alvará de construção é número 23356, cujos prepostos tratam o assunto com desdém e não temem a ação da Sedur, que por sinal já esteve por lá e o problema continuou assim que o agente virou as costas, num sábado desses.

Resolver esses problemas com o rigor da lei é mostrar que Salvador é cidade do futuro. Respeita seus cidadãos. Não é um amontoado de tabas e regido sob pajelança. É uma urbe civilizada. Como diz um programa de TV “estamos de olho”. Os gestores das secretarias citadas são pessoas sérias e não podem servir de chacota e pouco-caso. Os órgãos são sérios e merecem respeito.

*Jolivaldo Freitas é escritor, jornalista e publicitário

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