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A TARDE Agro
Biometano: a hora e a vez
Estou chegando da Europa, onde dou aula na França num programa de agronegócio e alimentos, na Audencia Business School. E a guerra da Rússia com Ucrânia mudou totalmente cenários, os quais vislumbrávamos a médio e longo prazos, para o curto prazo.
A Europa quer ampliar o plantio em cerca de 2 milhões de hectares até então em “descanso”; trata-se da criação de um “escudo alimentar”. Outro tema que passou a ganhar prioridade está na velocidade da mudança da matriz energética.
Europa dependente do gás russo, irá investir fortemente na produção do biometano, a partir do gás produzido com resíduos agrícolas, biomassa, e com o setor de açúcar europeu, a partir da beterraba que já espera contar com fortes investimentos. O comitê europeu de fabricantes de açúcar informa que os preços do gás na Europa subiram 14 vezes desde 2020, e a União Europeia decidiu praticamente dobrar a produção de biometano até 2030.
E o biometano no nosso Brasil? Gigantesca oportunidade em todo setor sucroenergético nacional, que já é gerador de energia limpa e agora pode investir decisivamente no biometano na oportunidade desta crise.
O setor de proteína animal, passa a ter a chance de transformar os dejetos em poderosa fonte de eletricidade e biometano a partir de biodigestores e geradores movidos a biogás. E além disso, produzir um biofertilizante extraordinário vital agora na guerra mundial pela nutrição de plantas e solos.
Em toda propriedade agrícola, podemos gerar biometano. Em todos os aterros sanitários urbanos da mesma forma. Em toda atividade humana, o lixo pode virar artigo de “luxo“.
Na próxima Agrishow, em Ribeirão Preto/SP, de 25 a 29 de abril, a MWM e a AUMA Energia estarão apresentando as soluções tecnológicas tropicalizadas para biometanizar o Brasil. A hora e a vez do biometano, lá e aqui.
