Hora do Brasil assumir ser a maior potência agroalimentar

A Rússia quer ser a maior potencia agroalimentar do mundo incorporando as ricas e férteis terras da Ucrânia. Fazer do alimento uma das mais poderosas armas de poder ao lado do petróleo, gás, minérios, fertilizantes; sem desconsiderar sua força militar e nuclear. Já são o maior exportador de trigo do planeta.  

Estas visões estão sendo aqui debatidas na França, de onde escrevo hoje, dando aulas num Master Science FAM -Food &Agribusiness Management, em Nantes na Faculdade Audencia, representando o Agribusiness Center da FECAP de São Paulo. 

Aqui na França o presidente Macron repete diariamente que a continuidade da guerra trará sem duvida alguma sofrimento para toda a população. Podemos generalizar para o mundo e também os brasileiros.

Porém temos como nenhuma outra parte do planeta uma condição única de poder criar um plano objetivando minimamente atingir 500 milhões de toneladas de grãos em no máximo até 2028; podemos ter auto suficiência no trigo e exportar, pois na própria Bahia já sabemos produzir; e além dos grãos temos condições de multiplicar todas as cadeias produtivas como algodão, frutas, hortaliças, cacau, borracha, proteína animal, açúcar e etanol, vender mais para o mundo café, suco de laranja, pescados sem esquecer dos “terroir“ brasileiros, nossa gastronomia com os frutos do sertão, ostras, camarões, feijoada, queijos, mandioca e a fantástica caipirinha com vinhos maravilhosos do Vale do São Francisco, enfim um campo de oportunidades espetaculares para o país sair percebido e fortalecido desta gravíssima crise que sem duvida cedo ou tarde irá terminar, apesar do sofrimento que está a causar.

Temos brasileiros notáveis que sabem fazer não apenas a maior potência agroalimentar do Brasil em tamanho, mas também com qualidade agroambiental, onde biogás e biometano e resgate de carbono fazem parte.  

Que a guerra termine já. 

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