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A Tarde Memória
Edição de A TARDE trouxe notícia de furto a Tabuleiro de Omolu
Na edição de 4 de julho de 1975, A TARDE trouxe a história do registro em uma delegacia do furto de uma bolsa que tinha donativos arrecadados por duas sacerdotisas de candomblé. Elas estavam nas ruas realizando o rito conhecido como “Tabuleiro de Omolu” ou Sabejé. Segundo o texto, um homem se aproximou e disse que faria uma oferta, mas aproveitou o momento em que uma das moças preparava o troco e levou tudo que elas tinham arrecadado.
Essa história está relacionada ao desfile dos chamados “Tabueleiros de Omolu” quando sacerdotisas e sacerdotes das religiões afro-brasileiras levam pela cidade, apoiados em suas cabeças, cestos ou peças de madeira enfeitadas com tecidos, fitas e palhas da costa. Neles constam pipoca que é oferecida a quem busca proteção contra os males do corpo e da alma. Em troca quem recebeu a oferta pode dar um donativo. Esse rito se torna mais constante em agosto.
O Sabejé está vinculado a devoções antigas a divindades de origem africana como Azoany, Kavungo, Omolu e Obaluaê. Agosto também é o mês em que se celebra o católico São Roque, no próximo dia 16. Em todas essas devoções está a fé de que eles podem oferecer proteção contra a varíola e outras doenças infecciosas e de pele.
Amanhã, a versão para o jornal A TARDE dessa coluna vai contar detalhes desse rito a partir de fotografias que integram a coleção do Cedoc A TARDE. A TARDE Memória é multimídia e, por isso, às sextas-feiras tem conteúdo também em A TARDE FM.
