II Congresso Afro-Brasileiro dá chances de pesquisa continuada
Evento foi sediado em Salvador em 1937
Em 2019, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) realizou a exposição
“2º Congresso Afro-Brasileiro de 1937- o Encontro entre Édison Carneiro e
Camargo Guarnieri”. A mostra apresentou os resultados do trabalho de campo
realizado por Guarnieri durante o II Congresso Afro-Brasileiro, um importante
evento sediado em Salvador em janeiro de 1937.
Organizado por Édison Carneiro e presidido por Martiniano Eliseu do Bonfim, o II Congresso Afro-Brasileiro foi crucial para a expansão dos estudos sobre a cultura afro-brasileira a partir de Salvador como centro de manifestações com essa perspectiva na música, capoeira e principalmente o candomblé. Além de Martiniano, que era babalaô sacerdotisas como Eugenia Anna dos Santos, Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá e Maria Escolástica da Conceição Nazareth, Mãe Menininha do Gantois, e os sacerdotes Procópio Xavier e João Alves de Torres Filho, Joãozinho da Goméia participaram das atividades com protagonismo.
Pesquisa musical
O paulista Mozart Camargo
Guarnieri ( 1907 -1993) foi um compositor, regente, pianista e professor com
fortes ligações com o modernismo. Ele participou do II Congresso Afro-Brasileiro substituindo
Mário de Andrade, por meio de um intercâmbio dos organizadores com a Prefeitura
de São Paulo. A partir do congresso, ele apresentou trabalhos com base nos registros que recolheu em Salvador, como também desenvolveu composições.
Para saber mais sobre a exposição que deu destaque a essa
interação de Guarnieri com o II Congresso Afro-Brasileiro é só clicar aqui.
Amanhã, sábado, na versão dessa coluna para o jornal A TARDE tem mais informações sobre o II Congresso Afro-Brasileiro. A TARDE Memória é uma coluna especializada em histórias construídas a partir do material que forma o acervo do Cedoc A TARDE com inserções também em A TARDE FM, às sextas-feiras.