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O caminho para o futebol feminino continua cheio de obstáculos

Publicado sexta-feira, 30 de julho de 2021 às 11:21 h | Atualizado em 30/07/2021, 11:40 | Autor: Cleidiana Ramos
Capa de A TARDE em 1920 destacou partida de futebol feminino. Foto: Reprodução Cedoc A TARDE
Capa de A TARDE em 1920 destacou partida de futebol feminino. Foto: Reprodução Cedoc A TARDE -

Na manhã desta sexta-feira, a seleção feminina de futebol foi eliminada do torneio olímpico. A cultura muito forte na torcida brasileira é sempre de julgar pelo resultado, mas cada participação das mulheres em campeonatos de futebol é uma vitória. Para Marta, a baiana Formiga, que chegou à sua sétima Olimpíada, dentre outras atletas, brilhar nesse esporte é desafiar uma história marcada por preconceito e até proibição da prática por mulheres. 

Em 1941, o então presidente Getúlio Vargas assinou um decreto que considerava o futebol um esporte que atentava contra a "natureza feminina". Se foi proibido no Brasil, duas décadas antes, na França e Inglaterra estava tudo bem para a participação feminina. Tanto que em 14 de agosto de 1920, A TARDE noticiou uma partida entre mulheres desses dois países com destaque para o entusiasmo dos franceses com o seu time. 

Para as mulheres, mesmo em esportes que entraram em Olimpíadas mais cedo que o futebol, como a ginástica artística, além do alto desempenho é necessário brigar para conseguir patrocínio e, dependendo da modalidade, desafiar até questões como o racismo.  Essa reflexão vai estar ampliada, amanhã, sábado, 31, na versão dessa coluna para o jornal A TARDE. Vale destacar que tem A TARDE Memória em A TARDE FM às sextas-feiras.     

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