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Auto Brasil
Cenários do mercado automotivo
As sequelas da pandemia no mercado brasileiro promovem despedidas de alguns modelos que têm lugar de protagonismo na história da indústria automotiva nacional. É extensa a lista recente de modelos que tiveram a descontinuidade decretada: Chevrolet Cobalt e Montana, Ford EcoSport, Volkswagen Golf e Up, Citroën C3, Aircross e C4 Lounge.
Em um cenário de crise econômica e recessão à vista, a indústria adota a estratégia de priorizar a lucratividade. Em vez de vender muito os modelos mais baratos, para ganhar em escala, prioriza os carros mais caros, que garantem maior margem de lucro.
E, nessa tendência, muitos carros de entrada vão desaparecendo do mercado nacional. Nissan March, Toyota Etios (hatch e sedã) e Ford Ka tiveram seus fins decretados no Brasil. A matéria de capa desta edição traz detalhes dos modelos marcados para morrer. A Volkswagen já deixou nas entrelinhas que Gol, Voyage e Saveiro perderão espaço para uma versão mais barata do Polo, e tudo indica que a extinção começará pelo Fox.
Do grupo Stellantis estão na lista dos que serão descontinuados até o fim deste ano alguns modelos da marca Fiat: Uno, Doblò e Grand Siena. Alguns modelos sairão de cena não apenas porque não entregam lucratividade, mas porque não atendem às exigências da legislação brasileira, em relação à emissão de poluentes e ruídos. Alguns projetos mais antigos não atenderão às novas regras do Proconve PL 7, a partir de 1° de 2022.
A tendência aponta para a escassez de oferta dos modelos de entrada, e novidades para atender aos consumidores com maior poder de compra. A guerra dos SUVs estará cada vez mais acirrada. A Volkswagen chega com o Taos; a Fiat já apresentou seu novo SUV compacto, e o lançamento do Jeep de sete lugares já foi anunciado.
A briga das picapes segue: a General Motors anunciou a chegada de um modelo que deve brigar com a Fiat Toro. Enquanto a Volks prepara a Tarok (que pode ter outro nome) para 2022.
Enquanto isso, as grandes marcas ampliam o leque de elétricos e híbridos. Os carros premium seduzem consumidores de alto padrão, que passam longe da crise financeira na pandemia ou em qualquer cenário.
