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Menos marketing, mais vacina

Publicado domingo, 24 de janeiro de 2021 às 11:39 h | Atualizado em 24/01/2021, 11:39 | Autor: Elane Varjão
Foto: Ministério da Saúde
Foto: Ministério da Saúde -

Tornar público um feito histórico é legítimo. Colher os louros por esses feitos, também. Mas, quando se trata de saúde pública, precisamos girar os holofotes para os lugares e as pessoas corretas. Porque quando a publicidade ou a colheita desses louros passa do ponto o processo pode ficar imoral. Já era de se esperar que a batalha política em torno da vacinação tornaria o início da tão esperada campanha de imunização no Brasil um verdadeiro palanque, quando não, um campo de batalha. Mais do que isso. O que vimos foi um festival de marketing. Aviões adesivados, autoridades ‘encontrando’ o melhor local para sair na foto, grupos prioritários da primeira etapa representados em cerimônias simbólicas e devidamente identificados (profissionais da saúde, idosos e indígenas), o que fechava o roteiro de um espetáculo grandioso. Houve cidade brasileira em que a vacinação começou em local turístico. Estamos enfrentando uma pandemia há mais de 10 meses e o que mais queremos é que a vacina possa chegar, o mais rápido possível, para toda a população. O início da imunização é uma luz no fim do túnel, sim, mas ainda há um longo caminho a percorrer. As autoridades devem continuar cumprindo o seu papel.

Esclerose múltipla e as mulheres

A esclerose múltipla acomete, em maior parte, mulheres jovens, entre 20 e 40 anos, mas há um registro de aumento na faixa acima de 40 e 50. O neurologista do Grupo CAM, Thiago Junqueira, explica: “Aos primeiros sinais, como visão dupla ou dificuldade de equilíbrio, entre outros, a pessoa deve buscar o neurologista. Como os conhecimentos e tratamentos sobrea doença avançaram muito, é importante que, a partir do diagnóstico, busque um atendimento e o acompanhamento especializado”. No Grupo CAM, o tratamento da esclerose múltipla inclui o acompanhamento psicológico e nutricional.

Começou a ‘carteirada’

Expressão muito comum no Brasil, o ‘você sabe com quem está falando’ pode entrar em cena ao longo da campanha de vacinação. Já estamos vendo maus exemplos de políticos e autoridades que decidiram ‘furar a fila’ no alto dos privilégios de seus cargos. Casos assim já foram registrados no Amazonas, em Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo e também na Bahia. Prefeitos, chefes de gabinete, secretários e até mesmo um fotógrafo oficial passaram na frente de grupos prioritários do plano de imunização. Já não há doses suficientes nem para esses grupos...

Para que não falte oxigênio

O Ministério Público estadual, encaminhou ofício à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), solicitando informações sobre o fluxo de abastecimento de oxigênio nas unidades de saúde do estado. O MP pede que a secretaria esclareça quais empresas fornecem oxigênio; quantas e quais usinas de oxigênio prestam serviços, direta e indiretamente, para abastecer as unidades de saúde; o consumo diário estimado de oxigênio, especialmente das unidades destinadas aotratamentodaCovid-19; e se o fluxo de abastecimento de oxigênio em vigor pode suportar um eventual aumento na demanda de oxigênio.

Fertilização In Vitro

Casais que tenham dificuldade no encontro do espermatozoide com o óvulo; mulheres que apresentem problemas na produção de óvulos e casais homoafetivos são alguns dos perfis de pacientes que recorrem a técnica Fertilização In Vitro (FIV). “Trata-se de uma técnica que consiste na coleta dos gametas para que a fecundação seja feita em laboratório e depois na transferência desses embriões para o útero materno”, explana Sofia Andrade, médica especialista em reprodução humana das clínicas Insemina e Cenafert. Todo processo pode durar em torno de 17 a 25 dias.

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