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Resenha rubro-negra - Que o embalo continue

Publicado sexta-feira, 22 de outubro de 2021 às 06:02 h | Autor: Angelo Paz | Jornalista | [email protected]

Na parte final da coluna da última sexta, falei sobre a possibilidade de o Vitória chegar embalado para a final de amanhã, contra o lanterna Brasil de Pelotas, no Barradão. E vai chegar. Graças a alguns fatos inéditos: a primeira vitória por três gols de diferença na temporada e o reencontro com a torcida após um ano e sete meses. Sim, os 3 a 0 pra cima do frágil Itabaiana, na quarta, valeram muito além da classificação ao último mata-mata para buscar uma vaga na fase de grupos do Nordestão-2022. Foi a ocasião perfeita para o Leão ganhar confiança extra na luta para se salvar do rebaixamento à Série C, sem dúvidas, o principal objetivo em mais um ano sofrível para o clube.

O meio de semana ainda reservou uma outra boa notícia. O Londrina, primeiro na zona do desespero, empatou em casa com o Goiás. Assim, caso vença o Brasil, o Rubro-negro iguala em número de pontos os paranaenses e, apesar de permanecer na 18º colocação, estará menos longe de sair da faixa de degola. A distância, ao certo, não dependerá apenas de três pontos no Barradão, mas também dos resultados dos confrontos de Ponte Preta e Operário, 16º e 15º colocados, respectivamente, que jogam foram de casa também amanhã. Se pelo menos um deles perder, o Vitória estará, no mínimo, a três pontos do primeiro fora da zona. Pra quem estava a seis na rodada passada, este seria um cenário para acreditar ainda mais na salvação.

Nessa linha matemática, vale lembrar que, já na rodada seguinte, o Vitória encara a Ponte, em Campinas. Mas calma, foco no momento presente. Apesar de todas essas possibilidades estarem bem claras na mente dos jogadores, toda essa conjuntura positiva só fará sentido em caso de três pontos diante dos gaúchos, que, apesar da péssima campanha, conquistaram quatro dos últimos seis pontos disputados. Por isso, toda a cautela observada nas palavras do técnico Wagner Lopes, que, logo após a goleada sobre o Itabaiana, alertou para o nível de dificuldade da partida de amanhã.

Outro ponto destacado pelo treinador, como não poderia deixar de ser, voltou-se para o apoio do torcedor neste momento complicado. De uma presença bem tímida na quarta, com 1.129 rubro-negros presentes, certamente o time terá um público maior para apoiar amanhã. E assim como aconteceu na quarta, o jeito de jogar do time contribuirá para essa esperada sinergia entre campo e arquibancada. Algo que precisa muito acontecer, não só neste jogo, mas também nos outros três que vão restar ao Leão como mandante na Série B: CSA, Cruzeiro e Vila Nova.

É inadmissível o Vitória, que desde a década de 90 se acostumou a ter o Barradão como o 12º jogador, hoje ser o segundo pior mandante da Segunda Divisão: venceu apenas três dos 15 jogos que disputou, a mesma quantidade do Brasil de Pelotas. Mas como a inhaca parece ter saído, a se perceber pelos quatro gols nos últimos dois jogos (o Leão chegou ao duelo com o Sampaio Corrêa, no último sábado, com sete jogos sem vencer e seis sem marcar sequer um gol), é torcer para a maré ter mudado em definitivo.

E para as coisas continuarem no caminho de melhora, algo bem esperado pelos rubro-negros é o afastamento em definitivo do presidente Paulo Carneiro. Algo que provavelmente irá acontecer na próxima terça, quando o Conselho Deliberativo do clube terá uma reunião extraordinária para apresentação e deliberação do relatório feito pela Comissão Processante a respeito das denúncias feitas pelo Conselho de Ética à gestão de PC, afastado no início de setembro para que as possíveis irregularidades fossem apuradas.

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