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Bolsonaro recebe recado claro em resposta às ameaças autoritárias

Presidente fixou na cabeça a ideia de condenar as urnas eletrônicas e bota até o Exército na parada

Publicado sexta-feira, 12 de agosto de 2022 às 00:34 h | Autor: Levi Vasconcelos
Ato pró-democracia em Salvador: a gritaria é nacional
Ato pró-democracia em Salvador: a gritaria é nacional -

"A democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema melhor que ela". A frase aí, atribuída a Winston Churchil, o primeiro ministro inglês na II Guerra Mundial, sempre evocada como antídoto filosófico para pensamentos ditatoriais, ontem ecoou pelo Brasil afora num recado direto a Bolsonaro: ditadura, jamais.

Bolsonaro fixou na cabeça a ideia de condenar as urnas eletrônicas e bota até o Exército na parada como se o assunto fosse caso de segurança de Estado. E age como se tivesse a intenção de contestar os resultados das eleições próximas pelas armas. É como se ele estivesse com o revólver na cintura a toda hora ameaçando sacar.

Recebeu recado claro com as manifestações pela democracia de ontem.

A carta —-A Carta em Defesa da Democracia, elaborada pela Faculdade de Direito da PUC-SP já tem quase um milhão de assinaturas, de saída, tendo banqueiros como signatários, o que muito incomodou o presidente.

Ele chegou a dizer que ‘um democrata não precisa de cartinha’. Já chegou a ameaçar as eleições dizendo que elas não podem existir ‘pairando dúvidas sobre os resultados’ sem apresentar qualquer evidencia, um sinalzinho por menor que seja, de irregularidade. 

Convenhamos, Bolsonaro ao invés de portar-se como candidato, emerge mais no cenário como ameaça. Felizmente não só o Brasil, mas o mundo já notou. Ele cá está como o amigo Donald Trump nos EUA. É ameaça sim. Sem chance de sucesso, mas ameaça.

Fábio Vilas-Boas, o nome  que surge para  ministro da Saúde

Fábio Vilas-Boas, ex-secretário da Saúde da Bahia, está correndo os quatro cantos do Estado atrás de voto para eleger-se deputado federal, e pelo que se diz nos bastidores, começou acertando ao filiar-se no MDB, segundo alguns arautos do partido.

Melhor dizendo, embora tenha candidata à Presidência, a senadora Simone Tebet, grande parte do partido apoia  Lula e em caso de vitória, o partido vislumbra emplacar algum ministro. Como o partido não tem quadros na área da saúde, Fábio Vilas-Boas tem sido sempre citado.

O MDB baiano, que em 2018 só tinha Lúcio Vieira Lima como deputado federal, que perdeu, ficou zerado de mandato federal, mas este ano está em campo com 40 candidatos a federal e 53 a estadual. 

O partido aposta que este ano volta ao cenário.

Consórcio de imprensa fora

Não é só na Bahia que os candidatos estão se amarrando para ir a debates, na questão federal também. Lula disse que iria se fosse um consórcio de veículos de imprensa, mas ontem o consórcio que reúne Folha, UOL, G1, O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor, suspendeu o debate que aconteceria em 14 de setembro.

Os motivos de lá são semelhantes aos de cá: Lula e Bolsonaro não confirmaram.

TV Alba cancela o debate, por falta de interessados

A TV Assembleia comunicou oficialmente ontem que o debate entre os candidatos ao governo baiano, marcado para o dia 31, foi cancelado. Motivo: durante todo o tempo o único candidato que confirmou presença foi João Roma, do PL. A TVE, que é ligada ao governo baiano, também marcou debate para o dia 28, e embora a pauta ainda esteja mantida, também está na mesma, só Roma confirmou presença até agora.

Até agora, só a TV Band realizou debate e ACM Neto não foi. As TVs Record, Aratu e Bahia também pretendem realizar os ses debates, mas estes devem acontecer já no calor da campanha, que começa dia 26.

Até aí, está quase tudo como dantes.

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