Chineses da ponte prospectam negócios na Bahia. O resto é segredo | A TARDE
Atarde > Colunistas > Levi Vasconcelos

Chineses da ponte prospectam negócios na Bahia. O resto é segredo

Publicado domingo, 21 de março de 2021 às 06:03 h | Autor: [email protected]
Os chineses na Ponte do Funil, que também será duplicada | Foto: Ascom SDE | Divulgação
Os chineses na Ponte do Funil, que também será duplicada | Foto: Ascom SDE | Divulgação -

E a ponte Salvador-Itaparica vai mesmo andar? Só espera a pandemia passar. A palavra quem dá é Qi Hui Zhu, presidente da CR-20 no Brasil, a empresa chinesa que lidera o time do projeto.

Mas, muito mais que isso, os chineses lançam os olhares também pelo litoral baiano, especialmente a parte que será diretamente impactada. Um dos alvos é a construção de hotéis de luxo e condomínios idem. Algo específico em vista? Com a palavra Qi Hui Zhu:

– Neste momento tudo é negócio. E negócio é segredo.

Ele falou e soltou uma boa risada. Claro que já tem alvos na mira, mas sabe que alarido nesses casos é gol contra, favorece a especulação.

Périplo — Qi Hui Zhu liderou esta semana um grupo de compatriotas também integrado por Xiao Hui Shao, diretor geral da CR-20, Jiao Jiao Qu, vice-diretora de marketing, e Dong Liang Zhang, da CRCC Investimentos, outra empresa chinesa no negócio, e deu um giro pelo interior baiano.

Ou melhor: fizeram por terra um percurso que já fizeram pelo ar. Foram a Itaparica, Nazaré, Valença e Santo Antônio de Jesus, municípios que serão diretamente impactados.

Hui Zhu conta que a CR-20 tem larga expertise em tocar projetos, do estudo à operação, de rodovias, ferrovias e metrôs na China e na África, países como Angola, Moçambique e Mongólia. E aqui, é visível que a infraestrutura precisa de uma boa melhorada. Que é, é. Só não se sabe é quando será.

Sem Lázaro, o mundo gospel ficou mais triste, diz Samuel

Evangélico da Assembleia de Deus, o deputado Samuel Júnior (PDT), disse que muito lamentou a morte do vereador e cantor gospel Irmão Lázaro (PL), vítima da Covid.

– Era uma das nossas maiores estrelas gospel, talvez a maior. Mas valia muito pelo testemunho de vida.

Irmão Lázaro, ou Antônio Lázaro Silva, foi cantor do Olodum quando se chamava apenas Lázaro. E contava em suas pregações que naqueles tempos virou um drogado. Nos últimos dias dividia o seu tempo entre uma igreja por ele fundada em Feira de Santana e a vereança em Salvador (se elegeu ano passado).

Lázaro foi deputado federal, em 2018 disputou o Senado na chapa de Zé Ronaldo (DEM) e ano passado ficou em dúvida se disputava a prefeitura de Salvador ou Feira, acabou optando por ser vereador na capital. O PL elegeu Isnard Araújo e ele. O terceiro colocado, o radialista Leandro Guerrilha, herda a vaga.

Um médico com revólver

Um médico conhecido como Dr. Paulo, anestesista, virou sensação nas redes sociais. O feito: quinta passada ele entrou de revólver em punho no restaurante da Jivanete, na praia de Taquary, no Guaibim, em Valença, caçando o topógrafo de prenome João.

– Cadê ele?! Cadê ele?!

Disseram que o tal João estacionou o carro e correu para dentro do manguezal. Saiu, atirou nos pneus do carro de João, com tudo filmado, por presentes e câmeras da área.

O ataque ao youtuber do ‘genocida’ saiu pela culatra

A ideia de enquadrar o youtuber carioca Felipe Neto na Lei de Segurança Nacional por ter chamado Bolsonaro de ‘genocida’ fez escola. O deputado estadual baiano Capitão Alden (PSL), bolsonarista, denunciou os colegas Neusa Cadore e Marcelino Galo, do PT, Hilton Coelho, do PSOL, e a deputada federal Lídice da Mata (PSB), pelo mesmo motivo, que diz não saber por que foi escolhida.

– Bolsonaro deixou de comprar vacinas, de usar máscaras e sempre na contramão da ciência, e eu, que me elegi pela oposição e sou oposição, tenho direito de opinar. Isso é uma coisa. Não é como Daniel Silveira, que não opinou, xingou.

Mas parece que, ao invés de inibir, tais ações turbinaram o ‘genocida’. Advogados e juristas do país inteiro entraram na briga, com Felipe.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Último ato

Conta Sebastião Nery que Demóstenes, dono de um serviço de alto-falante na Liberdade, tinha audiência total durante a 2ª Guerra Mundial. Comprava o jornal A TARDE, lia as últimas notícias do front, na Europa.

E toda vez que dava notícias da guerra bradava:

– Esta guerra não é nossa! Nos empurraram para ela, os nazistas que aguentem! Vamos ganhá-la!

A guerra acabou, Demóstenes esnobou:

– Credibilidade é isso aí! Eu não disse que nós íamos ganhar?! Ganhamos!

Festa geral, Demóstenes se empolgou, se filiou ao POT (Partido Operário Trabalhista) e anunciou a candidatura a senador. Soltou a campanha, ninguém ligou, baixou para deputado federal, ninguém ligou, baixou para estadual, ninguém ligou, baixou para vereador, embalou.

A Liberdade inteira passou a chamá-lo de Vereador Demóstenes, mas na véspera das eleições o TRE negou registro ao POT. Fez duas imensas faixas, estampou na Rua Lima e na Praça da Sé.

Demóstenes avisa aos seus amigos e eleitores que não é mais candidato a merda nenhuma’.

Publicações relacionadas