Em 2022 a correria para salvar a pele na Alba é um pouco maior

Dos 63 deputados estaduais baianos, 51 vão tentar a reeleição, cinco querem ir para Brasília e sete desistiram. Somando as dificuldades gestadas e paridas na pandemia, na lei, proibindo as coligações e o ambiente político do momento, diz-se que muita gente que quer ficar vai sobrar.

Das urnas de 2018, numa peleja em que Rui Costa despontava como franco favorito, resultou um placar muito favorável ao governo na Alba: 43 contra 17 aliados de ACM Neto, e três nenhum e nem outro, os dois bolsonaristas e Hilton Coelho, que é do PSOL. É consenso: ganhe quem ganhar, a próxima configuração jamais será assim, o que é bom para os deputados, ressaltam eles.

Esse placar começou a ser alterado este ano, com debandada de alguns do governo, incluso o PP de João Leão. Agora, são 33 a 30, 27 deles seguidores de ACM Neto. O governo perde os dois terços.

Federação — E quem será que sobreviverá? Com o fim das coligações, PT, PV e PCdoB formaram uma federação partidária. Daí resulta que hoje são 14 do PT, quatro do PCdoB e quatro do PV, um total de 40 vagas de candidaturas num bloco em que 22 ou mais da metade é de deputados.

Se o PCdoB em toda eleição estava habituado a sair só, essa federação agora é boa ou ruim? A pergunta aí é para Bobô, deputado estadual do partido.

— Sinceramente, ainda não mensurei vantagens e desvantagens para dizer se foi bom ou ruim. Mas eu acho difícil eleger os 22.

Mas Marquinhos Viana, que trocou o PSB pelo PV, ou voltou ‘pra casa’, como diz , afirma que em disputas eleitorais qualquer cenário é complicado.

— Em qualquer cenário ganha quem tem mais voto. O desafio é esse, ganhar voto.

Cafu preso, alívio vai bem

Preso no início do ano numa Operação da PF que investiga fraudes em contratos da saúde, Cafu Barreto (PSD), ex-prefeito de Ibititá, acabou entrando no cardápio de algumas mesas do restaurante da Assembleia (onde tudo deságua). No frigir dos ovos, a conclusão é bastante clara: a grande maioria gostou. Dizem que Cafu é muito temido.

O troca-troca de João Roma

João Roma disse em entrevista à Salvador FM que eleger Jerônimo ou ACM Neto ‘é trocar seis por meia dúzia’. Um deputado governista ouviu, comentou: ‘Pior é ele, que seria trocar nada por zorra nenhuma’.

Na Assembleia, Roma tem o apoio de dois dos 63 deputados, Talita Oliveira e Capitão Alden, ambos bolsonaristas raiz, agora candidatos a federal.

As obras que abalam Pedro

Diz o deputado Pedro Tavares (UB) que está espantado com o volume de obras que o governador Rui Costa vem autorizando diariamente em todo o Estado.

— Quando a gente abre o Diário Oficial toma um susto. E ele vai ter tempo de fazer tudo isso?

Ele acha que campanha à parte, ‘isso deveria ser olhado com mais carinho’.

MP quer a medição dos tremores de terra em Lapão

O promotor Romeu Coelho, de Lapão, região de Irecê, recomendou que a Prefeitura adote as providência para monitorar os tremores de terra por lá, segundo os moradores muito frequentes.

Segundo o promotor, além das condições geológicas, lá se usa água sem controle. Na Bahia, algo similar só tem em Jacobina, onde o Laboratório Sismólogico (LabSis), da Universidade do Rio Grande do Norte, está instalado desde 2015 e já registrou quase 200 terremotos na Bahia, 24 lá.

O LabSis tem 100 estações espalhadas pelo Brasil, mas outras três universidades também operam grandes redes de estações.