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OSID estão à beira do colapso. Com o piso, degringolou

Com a instituição do piso salarial dos enfermeiros, o déficit de R$ 26 milhões vai para R$ 43 milhões já já

Publicado terça-feira, 16 de agosto de 2022 às 06:30 h | Autor: Levi Vasconcelos
Maria Rita, gestora das Obra Sociais  Irmã Dulce
Maria Rita, gestora das Obra Sociais Irmã Dulce -

As Obras Sociais  Irmã Dulce, que têm como carro-chefe o Hospital Santo Antônio, já vinham numa situação dramática, agora, com a instituição do piso salarial dos enfermeiros, o déficit de R$ 26 milhões vai para R$ 43 milhões já já.

Quem dá o diagnóstico é a superintendente das OSID, Maria Rita Lopes Pontes, que sintetiza o problema:

— Já vínhamos numa situação dramática, o governo vem e institui o piso do enfermeiro sem dizer de onde é que os filantrópicos vão  tirar dinheiro para pagar?

Ela ressalva que os enfermeiros merecem muito, mostraram o valor  na pandemia, quando arriscaram as próprias vidas, mas se a situação for mantida sem nenhuma solução, em 60 dias as OSID quebram.

Bolsonaro —As Obras de Irmã Dulce, como hospitais filantrópicos em geral, têm um contrato com o SUS sem cláusula de reajuste. Disso que tudo sobe, especialmente na pandemia, quando materiais como luvas, aventais e máscaras sofreram reajuste expressivo.

Em março, Bolsonaro visitou as obras sociais. Maria Rita diz que as tratativas sobre a situação do hospital foram feitas antecipadamente com João Roma, então ministro da Cidadania, e Marcelo Queiroga, ministro da Saúde. Quando Bolsonaro chegou, não tocou no assunto, 

Segundo Maria Rita, os problemas que podem resultar numa situação insustentável já estão dando os primeiros sinais:

— As ajudas que estamos tendo são importantes, mas poucas. Já não poderemos pagar a próxima quinzena.

Oposição trava e governo isola projeto da pensão de militares

O projeto do governo que estabelece novas regras para a concessão de pensão a militares baianos já não é motivo de preocupação, segundo o presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD).

— O deputado Soldado Prisco (PSC) sabe que deputado não pode fazer emendas que impliquem em despesas, mas fez. Sandro Régis (UB), o líder da oposição, mais o deputado Tiago Correia (PSDB) não quiseram criar problema com Prisco por causa da eleição, aí a Procuradoria do Estado deu um jeito de pagar as pensões, deixando o projeto de lado.

Adolfo ressalva que com a atual configuração da Assembleia o projeto só anda se houver acordo entre as partes. Como não houve, o jeito é deixar tudo seguir como está para depois das eleições ver como é que fica. Mas pagando ao pessoal, menos mau.

Itabuna agora quer o Itabunão

A conquista, pelo Itabuna, do título de campeão da Série B do Campeonato Baiano, no último fim de semana, motivou o prefeito Augusto Castro (PSD) a partir para outra empreitada, pedir dinheiro ao governo do Estado para a reforma do Estádio Luiz Viana Filho, o Itabunão:

—Temos confiança no êxito desse projeto. Nós estaremos entre as melhores equipes do Estado e itabunenses e visitantes merecem isso.

Bahia tem, em 2022, 1.623 na briga por mandatos 

O TRE fechou ontem o mapa de candidaturas na Bahia no Divulgcand. Por ele, estarão na peleja eleitoral 1.623 candidatos, seis ao governo, seis ao Senado, seis como 1º suplente de senador, seis como segundo, 730 disputando as 39 vagas de deputado federal e 858 as 63 de deputado estadual,  no conjunto, 32 partidos.

Dos seis candidatos ao governo, só vão aparecer na propaganda eleitoral do rádio e tevê  quatro, ACM Neto (UB), com o tempo de 4m 39s, Jerônimo (PT) com 3m 39s, João Roma (PL) com 1m 14s e Kleber Rosa (PSOL), 27s. Giovani Damico (PCB) e Marcelo Milet (PCO) são partidos que perderam o direito a rádio, tevê e fundo eleitoral, e buscam sair disso.

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