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Coopercolo completa 10 anos e consolida profissionalização do cooperativismo médico

Publicado terça-feira, 21 de setembro de 2021 às 06:03 h | Autor: Da Redação
Luciano Ferreira, presidente da Coopercolo, e Ricardo Cima, diretor administrativo-financeiro da Coopercolo | Fotos: Divulgação
Luciano Ferreira, presidente da Coopercolo, e Ricardo Cima, diretor administrativo-financeiro da Coopercolo | Fotos: Divulgação -

O setor de saúde suplementar no Brasil passou por importantes mudanças nos últimos 30 anos, inicialmente com as operadoras de saúde e, posteriormente, com o surgimento dos conglomerados hospitalares. Neste ínterim, os parâmetros financeiros do tripé médico-hospital-operadora foram distorcidos. Os médicos, peças mais dispersas e desorganizadas, foram os mais penalizados com a aviltante defasagem de honorários.

Era este o cenário que vivíamos quando, há 10 anos, surgiu uma cria genuinamente made in Bahia, a Coopercolo. A cooperativa de cirurgiões pretendia dar suporte administrativo a um grupo de profissionais que, embora extremamente especializados em cirurgias de alta complexidade e em atender pacientes, não dispunham de tempo ou pendor para as tarefas administrativas inerentes a qualquer profissão.

O trabalho foi árduo. A cooperativa negociou com as operadoras melhores honorários cirúrgicos e, a seguir, profissionalizou todas as instâncias administrativas do trabalho médico, desde o faturamento e cobrança das cirurgias passando por modernas ferramentas de gestão como marketing, comunicação, planejamento estratégico, assessoria jurídica, compliance, além de governança ambiental, social e corporativa.

Nos primórdios, quando fundamos a cooperativa, éramos um grupo de 26 cirurgiões de apenas uma especialidade. Hoje, somos 289 médicos de cinco especialidades –coloproctologia, cirurgia geral, cirurgia oncológica, cirurgia do aparelho digestivo e, mais recentemente, cirurgia ginecológica – e colhemos os frutos deste amadurecimento administrativo no momento mais desafiador da nossa existência.

A pandemia de Covid-19 reforça a importância do profissional médico na nossa sociedade, ao tempo em que exige uma inequívoca demonstração de vocação e abnegação. Enfrentamos a pandemia nos ambulatórios, nos centros cirúrgicos e nas UTIs, com exaustiva carga emocional e de trabalho, não raro apartados de familiares e amigos pelo temor da transmissão do vírus.

Assim como as demais empresas do país, a Coopercolo foi duramente atingida pelas dificuldades financeiras decorrentes da paralisação da economia, refletida especificamente no setor de saúde pela suspensão das cirurgias eletivas.

Porém, o movimento cooperativista revelou-se forte. Hoje, os associados já entendem que a cooperativa é o maior patrimônio econômico-financeiro que têm enquanto categoria. A cooperativa é uma conquista que permite o resgate da dignidade profissional e da altivez para resistir às pressões econômicas tão esmagadoras.

Muito mais do que apenas melhorias financeiras, cooperativas como a Coopercolo representam uma quebra de paradigma e uma mudança de cultura no relacionamento entre os atores na saúde suplementar em nosso país. Um ganho para os médicos e seus pacientes. Que venham mais 10 anos!

Made in Bahia - Publicada às terças-feiras, a coluna traz relatos de empresários baianos

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