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Candomblé adere a novas tecnologias

Publicado terça-feira, 29 de dezembro de 2020 às 06:02 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Miriam Hermes e Redação | [email protected]
Os terreiros de jarê – candomblé nativo da Chapada Diamantina – buscam manter a visibilidade das casas de santo | Foto: Divulgação | jare.redelivre.org.br
Os terreiros de jarê – candomblé nativo da Chapada Diamantina – buscam manter a visibilidade das casas de santo | Foto: Divulgação | jare.redelivre.org.br -

Na impossibilidade de realização dos cultos presenciais aos encantados, os terreiros de jarê – candomblé nativo da Chapada Diamantina – decidiram investir em alta tecnologia para manter a visibilidade das casas de santo.

Enquanto não se pode retomar o turismo religioso, o objetivo de lideranças, como Sandoval Amorim, mais conhecido como Barmen, é incentivar o contato, por meio digital, com os adeptos e os visitantes acostumados às festas, este ano canceladas por causa da pandemia.

Embora os rituais internos da casa, a cargo dos babás e ialorixás, permaneçam ativos, por obediência às determinações dos ancestrais, as apresentações culturais via internet já estão em preparativos.

Iraquara, a cidade das grutas, anunciou para o dia 8 de janeiro a videoconferência com o tema Africanidade, ancestralidade, religião, com o grupo de terreiro Oxum Opará, com transmissão pelo Facebook na página da responsável, mãe Lilia Marques.

Já o Centro de Jarê Palácio de Ogum e Caboclo Sete Serra – oficialmente escrito, assim mesmo, sem plural, com erro de concordância – criou um canal no YouTube para quem quiser acessar o movimento de festas realizadas até março, início da pandemia.

Desde então, o galpão, próximo ao rio Capivara, situado a oito quilômetros da sede do município de Lençóis, está fechado aos frequentadores, orientados a aguardar o momento de voltar às manifestações.

Recentemente certificada como ponto de cultura pelo governo do estado, a associação é uma das mais atuantes da Chapada, devido ao trabalho desenvolvido por Pedro de Laura, já falecido, junto a pai Narizinho, um dos mais lembrados pela comunidade, em seu próprio terreiro, na rua do Ciriaco.

“Vários países, inclusive

da América Latina, já

estão vacinando seus

nacionais contra a

Covid-19. Onde está

a vacina para os

brasileiros? Tem

previsão? Tem

presidente em Brasília?”

Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, criticando a demora para início da vacinação no país e a condução do ex-aliado da crise de saúde pública instalada pela pandemia

Funcionamento do SAC

A Rede SAC suspende o atendimento ao público na próxima quinta-feira, último dia do ano. No sábado, 2 de janeiro, os postos nos shoppings da capital também estarão fechados. O funcionamento dos postos no estado será retomado a partir de segunda-feira. O atendimento é normal até quarta-feira, exceto o SAC Móvel que está em Feira de Santana. O atendimento em toda a Rede SAC é 100% por agendamento. Para agendar basta acessar o SAC Digital através do endereço www.sacdigital.ba.gov.br ou baixar o aplicativo disponível para Android e iOS, seguindo o passo a passo para cadastro. Para outras informações, a Saeb ainda disponibiliza o site institucional do SAC (www.sac.ba.gov.br) e o call center: 0800 071 5353 ou 4020-5353.

POUCAS & BOAS

A divulgação de artigo científico sobre a identificação de uma espécie de árvore que ainda era desconhecida da ciência – a Tocoyena atlântica – ainda repercute entre estudiosos e moradores de municípios do extremo sul baiano. Ainda sem um nome popular, o vegetal, da mesma família do jenipapo e do café, foi localizado em uma das 69 áreas de alto valor de conservação (AAVC) da Suzano na região. A matéria é assinada por Rodrigo L. Borges, Paulo Henrique Gaem e Nádia Roque, botânicos associados a universidades como a UFSB, e à Casa da Floresta Ambiental, parceiros da Suzano e Veracel (Papel e Celulose) no trabalho de monitoramento de biodiversidade da região. Passou por pesquisas para confirmar sua identificação e com o certificado de que se trata de uma nova espécie para a ciência, tornou-se tema do artigo “A new species of Tocoyena (Rubiaceae, Gardenieae) from the Brazilian Atlantic Forest”, publicado na revista especializada Phytotaxa.

Com o propósito de fazer experimentos na região do semiárido no médio São Francisco, a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) e o Instituto da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Iaiba) trabalham em parceria com as empresas NaanDanJain e a Mosaic Fertilizantes. A Fazenda Experimental é responsabilidade de alunos e professores do curso de agronomia do Campus da Ufob, no município de Barra, para desenvolver programas de seleção de variedades de diversas culturas, como frutas, grãos e fibras. Essas ações fazem parte de um projeto de desenvolvimento regional por meio da agropecuária e agroindústrias, capitaneado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, com diversas parcerias.

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