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Butantan inicia ensaios clínicos para testar soro que trata a Covid-19

Publicado segunda-feira, 18 de outubro de 2021 às 17:57 h | Atualizado em 18/10/2021, 18:01 | Autor: Da Redação
Soro já demonstrou em testes pré-clínicos que é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais | Foto: Divulgação
Soro já demonstrou em testes pré-clínicos que é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais | Foto: Divulgação -

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o início imediato dos testes em humanos dos ensaios clínicos do soro anti-Covid do Instituto Butantan. Segundo informações do Instituto divulgadas nesta segunda-feira, 18, a autorização foi concedida na última sexta-feira, 15. A Anvisa já havia autorizado protocolo clínico em maio deste ano, porém testes adicionais foram incluídos para avaliação do produto.

Diferentemente da vacina, o soro é uma forma de tratamento, não de prevenção. A medicação é intravenosa, ou seja, é inserida na veia em uma única aplicação. 

O Hospital do Rim, localizado na capital paulista, será o primeiro a tratar pacientes com o produto e, em seguida, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo receberá o soro.

As fases 1 e 2 dos testes clínicos serão divididas em três etapas – A, B e C, para avaliar a segurança e a eficácia do soro anti-Covid, além de escalonar a dose. Os voluntários participantes são adultos com mais de 30 anos e diagnóstico de infecção por Covid-19 confirmado por PCR há, no máximo, cinco dias.

De acordo com o Butantan, na fase 1, o estudo vai envolver 30 pessoas transplantadas, pacientes do Hospital do Rim (etapa A); e 30 pacientes do Hospital das Clínicas, com câncer em órgãos como pulmão, intestino, pâncreas, entre outros (etapa B). Na fase 2, participarão 558 pessoas, entre transplantados e oncológicos, todos fazendo terapia imunossupressora (etapa C).

Ainda de acordo com a entidade, o soro já demonstrou em testes pré-clínicos que é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais.

Para obter o soro, o novo coronavírus foi isolado de um paciente brasileiro e, na sequência, cultivado, inativado, submetido a vários testes em camundongos e, por último, aplicado em cavalos. Os animais, após receberem o vírus inativado, produziram anticorpos. O plasma resultante foi coletado e processado nas instalações do Butantan, dando origem ao produto.

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