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Fiocruz negocia produzir medicamento promissor contra Covid-19 para o SUS

Publicado sexta-feira, 15 de outubro de 2021 às 07:40 h | Atualizado em 15/10/2021, 07:45 | Autor: Da Redação
O molnupiravir mostrou "resultados convincentes" em um ensaio clínico | Foto: HANDOUT | MERCK & CO,INC. | AFP
O molnupiravir mostrou "resultados convincentes" em um ensaio clínico | Foto: HANDOUT | MERCK & CO,INC. | AFP -

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já negocia a produção para o SUS (Sistema Único de Saúde) do antiviral molnupiravir, desenvolvido pela farmacêutica MSD e apontado como uma das apostas de tratamento nos primeiros dias de sintomas da Covid-19. O medicamento teve ensaios clínicos encerrados mais cedo do que o normal devido a seus resultados animadores no tratamento da doença. As informações são da Folha de S. Paulo.

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Os termos do acordo entre Fiocruz e MSD ainda são discutidos. O laboratório público brasileiro também aguarda uma estimativa do Ministério da Saúde sobre a demanda do medicamento.

O laboratório Merck Sharp & Dohme (MSD) anunciou no dia 1º de outubro que buscará autorização nos Estados Unidos para o medicamento de via oral contra a covid-19, depois que a pílula mostrou "resultados convincentes" em um ensaio clínico. Os testes mostraram que o molnupiravir reduziu significativamente o risco de hospitalização, ou de morte, quando administrado em pacientes de alto risco no início da doença.

"Na análise intermediária, 7,3% dos pacientes que receberam molnupiravir foram hospitalizados até o dia 29, contra 14,1% dos pacientes tratados com placebo, que foram hospitalizados, ou morreram", descreve a nota da empresa.

A ideia da Fiocruz é fabricar o medicamento em Farmanguinhos, uma unidade do laboratório no Rio de Janeiro. Por meio de nota, a fundação disse que "está em conversas avançadas" com a MSD "para definir a melhor forma de acesso à população brasileira e um modelo de cooperação técnica".

O Ministério da Saúde ainda não definiu se o medicamento será distribuído no SUS. A pasta espera aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso emergencial ou registro definitivo da pílula.

Após essa etapa, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) ainda deve avaliar se o produto será ofertado na rede pública.

"Com base nos dados de sequenciamento viral disponíveis (aproximadamente 40% dos participantes), molnupiravir demonstrou eficácia consistente nas variantes virais gama, delta e mu", disse a fiocruz sobre um estudo global da fase 3 do antiviral conduzido também no Brasil.

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