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Consumo de combustíveis em MG cai pela 1ª vez em quase 4 anos,diz Minaspetro

Publicado quinta-feira, 07 de maio de 2015 às 19:21 h | Atualizado em 19/11/2021, 06:49 | Autor: Suzana Inhesta, enviada especial | Estadão Conteúdo

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Guimarães Jr. disse que, pela primeira vez em três anos e meio, o Estado registra queda no consumo de combustível. Sem dar porcentuais, o executivo explicou que a alta de preços foi o principal fator do recuo em volume no balanço do primeiro trimestre. A greve dos caminhoneiros, que bloqueou algumas estradas importantes e impediu a chegada da matéria-prima nos postos de combustíveis, também contribuiu para o resultado negativo.

"Mesmo se não houvesse a greve dos caminhoneiros, há uma redução no consumo de combustíveis pelas quedas de vendas nos veículos", afirmou antes da abertura do 14º Congresso dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais e IV Encontro dos Revendedores da Região Sudeste. Segundo ele, nem o incentivo fiscal ao etanol contribuiu para um resultado positivo, já que o crescimento do consumo do combustível foi apenas uma migração dos consumidores de gasolina.

Segundo ele, os donos de postos de combustíveis estão trabalhando com margens apertadas, já que o reajuste de preços foi repasse do aumento da matéria-prima, principalmente da gasolina e do óleo diesel. "Diante desse cenário não dá para falar em queda de preços nos postos neste ano", falou. Ele comentou que os postos trabalham com estoques entre um e dois dias e que uma nova greve de caminhoneiros preocupa se durar mais do que esses períodos.

Sobre a crise na Petrobras, Guimarães Jr. declarou que a revenda não sente efeitos negativos, a não ser pelo repasse de preços da sua principal fornecedora.

Distribuidoras

Já no âmbito nacional, o diretor de Mercado e Comunicação do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Cesar Guimarães, informou que, no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas de diesel caíram 1,8%, as de gasolina, 2%, enquanto as de etanol hidratado cresceram 27%.

Conforme o executivo, a maior preocupação está na redução de óleo diesel. "A greve de caminhoneiros atrapalhou muito. O consumo de combustíveis em veículos leves, por exemplo, na média, teve alta de 3%. Mas, no geral, o que vemos para o ano é uma estabilidade", disse.

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