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Inflação freará economia em 2022, admite Guedes

Publicado quinta-feira, 02 de dezembro de 2021 às 18:50 h | Atualizado em 02/12/2021, 18:52 | Autor: Da Redação
Guedes comemorou a aprovação da PEC dos precatórios no Senado | Foto: Marcelo Camargo I Agência Brasil
Guedes comemorou a aprovação da PEC dos precatórios no Senado | Foto: Marcelo Camargo I Agência Brasil -

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, nesta quinta-feira, 2, que o crescimento econômico do Brasil será menor em 2022 por conta da inflação. Segundo Guedes, ainda assim, o país vai registrar desempenho positivo do PIB (Produto Interno Bruto) e que com a desindexação, desvinculação e desobrigação do Orçamento, a política do país pode ficar “virtuosa”.

“O que vai ser amanhã depende do que estamos fazendo hoje. O Brasil está condenado a crescer, apesar de todo o pessimismo, de todo o barulho político. […] Vai crescer um pouco menos porque vamos estar combatendo a inflação, mas vamos crescer”, disse em evento da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (AEAA).

Ainda de acordo com o ministro, a alta da Bolsa de Valores indica que o mercado não levou a série uma hipótese de nova recessão no Brasil. “Entramos em recessão técnica, PIB caiu 0,1% no trimestre. A Bolsa subiu 3%. Se alguém tivesse levado a sério que o PIB vai cair, a Bolsa não estava caindo”.

Ao comemorar a aprovação da PEC dos precatórios em dois turnos no Senado, o ministro ressaltou que Emenda Constitucional significa o controle dos gastos públicos. “Ao contrário, de novo, da narrativa falsa de que queremos furar o teto, descontrole fiscal, queremos também os precatórios embaixo do teto”, afirmou.

Guedes também voltou a defender a aceleração na agenda de privatizações, reforçando que as estatais impedem a entrada de investimentos do setor privado.

“A hesitação é uma dificuldade enorme. A elite intelectual brasileira é de esquerda, então, você só consegue criar estatal, não consegue vender. Isso está prejudicando o crescimento do Brasil”, completou.

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