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Linhas de produção de veículos estão paradas

Publicado sábado, 26 de maio de 2018 às 17:08 h | Atualizado em 26/05/2018, 17:11 | Autor: Erick Tedesco l A TARDE SP
Ford (Camaçari) suspendeu montagem desde a terça
Ford (Camaçari) suspendeu montagem desde a terça -

Todas as montadoras de veículos no Brasil estão com suas linhas de produção paradas, confirmou, na sexta-feira, 25, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A interrupção, enfatiza a entidade em nota, é uma medida exclusivamente tomada devido à paralização dos caminhoneiros que persiste desde a última segunda-feira em ao menos 24 estados e, também, no Distrito Federal.

Paradas, as linhas de produção instaladas no Brasil trarão impactos à indústria automobilística, que gera de impostos mais de R$ 250 milhões por dia, conforme aponta a Anfavea no comunicado.

Além disso, o setor automotivo representa 4% do PIB e 20% da indústria. Ao todo, são mais de 20 fábricas de carros e caminhões que estão com as atividades suspensas desde sexta.

Os protestos nas estradas e marginais em todo o país promovido tanto por caminhoneiros autônomos como por funcionários de transportadores e, em alguns locais, engrossados por motoristas de vans e até motoboys, interrompem o escoamento de peças para as linhas de montagens.

A medida vai interromper uma produção média diária de 12,6 mil unidades, segundo a associação. “A greve dos caminhoneiros afetará significativamente nossos resultados, tanto para as vendas quanto para a fabricação e exportação”, completa em nota.

A maioria das montadoras já está sem produzir e outras estão com os pátios lotados, sem o transporte das cegonhas, e, como afirma a Anfavea, não há como estocar veículos.

Suspensão

As primeiras fábricas suspenderam as atividades na linha de montagem já na terça-feira passada, confirma a Anfavea, como as plantas da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), mais as da General Motors em Gravataí (RS) e em São Caetano (SP).

Na sequência, no dia seguinte, mais 11 unidades pararam ao menos um turno: Betim (MG), da Fiat, Porto Real (RJ), da PSA Peugeot Citroen, São Bernardo (SP) da Ford, Ponta Grossa (PR), da DAF Caminhões, Piracicaba (SP), da Caterpillar, Curitiba (PR), da Volvo, e em São José dos Campos (SP), da General Motors. Também pararam quatro fábricas da Volkswagen, todas elas no interior de São Paulo: São Bernardo do Campo (SP), São Carlos (SP), São José dos Pinhais (SP) e Taubaté (SP).

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