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Economia
Mesmo com Auxílio Emergencial, 1 a cada 4 brasileiros viveu na pobreza em 2020
Ainda que a população brasileira tenha acessado os benefícios emergenciais para conter os efeitos da pandemia, 50 milhões de pessoas viveram em situação de pobreza no ano passado, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta sexta-feira, 3. Além disso, outras 12 milhões de pessoas estiveram na situação de extrema pobreza.
Os indicadores sociais analisados pelo IBGE demonstram ainda, que sem os programas de transferência de reda a situação seria ainda pior, com 32,1% da população em situação de pobreza. De 2019 a 2020, segundo as linhas do Banco Mundial, cerca de 24,1% vivenciaram a pobreza. A projeção anterior era de 25,9%.
Ainda assim, os dados alarmantes apontam para outras desigualdades. O Nordeste foi a região em que mais foi registrada a situação de extrema pobreza. Aproximadamente metade de cidadãos nesta situação foram identificados nos 9 estados da região, cerca de 49,4%.
As mulheres negras (pretas e pardas), segundo o mesmo estudo, são o grupo populacional mais afetado, sendo erca 32% das pessoas em pobreza e 7,5% das em extrema pobreza. O dado aponta para o que o IBGE chama de feminização da pobreza, ainda em 2005.
Dados como esse relevam que o fenômeno acumula os impactos das desigualdades raciais no poder econômico. O instituto também destaca que o salário entre as pessoas brancas durante a pandemia era 73,3% maior em relação ao rendimento mensal na população negra.
A pesquisa considera os critérios adotados pelo Governo Federal, a partir das orientações do Banco Mundial. No caso da extrema pobreza, o que parâmentro é o de renda diária é igual ou menor a US$ 1,90 ou R$ 155 reais mensais per capita. Para o critério de situação de pobreza, o Banco Mundial recomenda que sejam analisadas as vidas das pessoas com US$ 5,50/dia ou de R$ 450 mensais per capita.
