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Produção industrial cai pelo terceiro mês seguido

Publicado terça-feira, 05 de outubro de 2021 às 11:54 h | Atualizado em 05/10/2021, 12:01 | Autor: Da Redação
Indicador registrou queda de 0,7% em agosto | Foto: José Paulo Lacerda | CNI | Direitos reservados
Indicador registrou queda de 0,7% em agosto | Foto: José Paulo Lacerda | CNI | Direitos reservados -

A produção industrial do Brasil caiu pelo terceiro mês seguido, registrando retração de 0,7% na passagem de julho para agosto. Com esse resultado, o setor acumula ganho de 9,2% no ano e de 7,2% nos últimos 12 meses. A indústria ainda está 2,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, na pré-pandemia da covid-19, e 19,1% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e foram divulgados nesta terça-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Categorias

Entre as quatro grandes categorias econômicas, três registraram queda em agosto, assim como 15 dos 26 ramos investigados pela PIM. Bens de capital caíram 0,8% na comparação mensal e tiveram alta de 29,9% em relação a agosto de 2020; bens intermediários caíram 0,6% no mês e 2,1% na comparação anual.

Bens de consumo variaram menos 0,1% de julho para agosto e menos 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O pior resultado veio dos bens de consumo duráveis (-3,4% no mês e -17,3% na comparação anual), oitavo mês seguido de queda e acumulando queda de 25,5% nesse período. Bens de consumo semi-duráveis e não duráveis subiram 0,7% em agosto, após crescer 0,5% em julho, e caíram 0,8% em relação a agosto de 2020.

A queda de agosto foi puxada pelos ramos de outros produtos químicos, que teve queda de 6,4%; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%); veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%); e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%).

Também tiveram quedas importantes os equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2%); produtos de borracha e de material plástico (-1,1%); confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%); e celulose, papel e produtos de papel (-0,8%).

Pelo lado dos crescimentos na produção, o IBGE destaca os produtos alimentícios (2,1%); bebidas (7,6%) e indústrias extrativas (1,3%). Para Macedo, o comportamento dessas atividades no mês pode ser interpretado como uma recomposição das perdas anteriores, e não uma trajetória positiva. Também tiveram alta a metalurgia (1,1%), produtos de madeira (3%) e produtos têxteis (2,1%).

O resultado de agosto interrompeu 11 meses seguidos de crescimento na comparação anual, com queda de 0,7% em relação a agosto de 2020.

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