Cresce índice de salário acima de R$ 5 mil após ensino superior
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Semesp aponta crescimento de 135%
O Instituto Semesp, entidade que
representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, divulgou, na semana
passada, uma pesquisa de empregabilidade que aponta o crescimento na renda dos
concluintes do ensino superior. O estudo feito com mais de 8.500 egressos e
alunos de graduação do país mostra que o número de
pessoas que recebem acima de R$5 mil teve um crescimento de 135% após a
conclusão da graduação.
Antes de
concluir o curso de nível superior, apenas 2,9% recebiam acima de R$ 5 mil. Já
após a conclusão do curso, esse percentual saltou para 26%. Em comparação ao
rendimento dos egressos que trabalham atualmente e que tinham renda antes de
concluir a formação universitária, é possível constatar uma melhora
significativa no montante recebido mensalmente.
Com o
estudo, também foi possível identificar o percentual de migração entre as
faixas de rendimento mensal de antes e depois da conclusão da graduação. Entre
os estudantes que recebiam uma renda de até mil reais mensais antes de terminar
o curso, 91,4% apresentaram rendimento em uma faixa de renda superior (acima de
mil reais) após a conclusão. Entre os que recebiam uma renda de R$ 2 mil a R$ 3
mil mensais antes de terminar o curso, 66,8% apresentaram rendimento em uma
faixa de renda acima de R$ 3 mil.
A pesquisa também aponta que houve
alguma melhoria na vida pessoal ou profissional após o diploma para mais de 82,2%
dos graduados. Entre as melhorias citadas pelos egressos de instituições
privadas estão o salário (24,9%), o ingresso em uma pós-graduação (19,9%) e a
conquista do primeiro emprego ou um novo emprego dentro da sua área de formação
(33%).
Mercado de Trabalho
Os cursos de graduação são importantes para o trabalhador que quer ter alguma vantagem no mercado de trabalho. Mesmo com o período conturbado, por conta da pandemia do novo coronavírus, o diploma de graduação é uma maneira de blindar o profissional, deixando-o menos vulnerável aos efeitos econômicos.
Os dados
apontam ainda que para 78,8% dos egressos em instituições privadas e 77,8% em
públicas, a graduação foi importante para ingressar no mercado de trabalho.
Apesar disso, ainda existem algumas áreas que foram mais afetadas com a
instabilidade econômica mundial.
Os cursos que apresentaram maiores
percentuais de egressos desempregados há mais de um ano foram Serviço Social e Engenharia Civil. Os cursos com maiores percentuais
de desempregados no período de pandemia (há menos de um ano) foram Estética e
Cosmética e Gestão de Pessoas.
Entre os
que ainda não conseguiram o primeiro emprego formal, 64,4% são recém-formados
(conclusão do curso em 2019, 2020 ou 2021) impactados diretamente pela pandemia
da Covid-19.
Em contrapartida, existem os cursos
que apresentam crescimento nas contratações. As áreas de Saúde, como Medicina e
os cursos relacionados à Informática, como Engenharia da Computação, foram os
que apresentaram maior percentual de egressos que estavam trabalhando na área
de formação.
A maioria dos alunos respondentes
pertence ao sexo feminino: 59,7% dos alunos de cursos presenciais e 57,6% dos
alunos de cursos de Ensino a Distância (EAD). Há, também, uma diferença
significativa entre as idades dos alunos de cursos presenciais e EAD. Enquanto
os estudantes de cursos presenciais são mais jovens (71,6% têm até 29 anos), as
idades dos alunos do EAD estão mais distribuídas (63,9% têm 30 anos ou mais).