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Mais estudantes pensam em desistir dos estudos na pandemia, revela pesquisa

Publicado segunda-feira, 14 de junho de 2021 às 12:37 h | Atualizado em 14/06/2021, 12:42 | Autor: Da Redação
43% dos estudantes brasileiros com idades entre 15 e 29 anos já pensaram em desistir dos estudos contra 28 da primeira pesquisa.
43% dos estudantes brasileiros com idades entre 15 e 29 anos já pensaram em desistir dos estudos contra 28 da primeira pesquisa. -

Por causa de condições financeiras e dificuldades para aprender via ensino remoto, 43% dos estudantes brasileiros com idades entre 15 e 29 anos já pensaram em desistir dos estudos, é o que afirma a segunda etapa da pesquisa “Juventudes e a pandemia de coronavírus (covid-19)”, divulgada nesta semana. Na primeira edição da pesquisa, esse número ficou em 28%.

No contexto da evasão, 6% dos participantes trancaram a matrícula durante a pandemia, e para 47% dos jovens é necessário, antes, que a população seja vacinada.

Outro motivo apontado pela pesquisa para a evasão é a dificuldade financeira, que foi sentido com o fim do auxílio emergencial e a diminuição de renda das famílias, o que fez como que muitos jovens precisassem recorrer a trabalhos informais.

“A pesquisa reforça a necessidade de defender políticas públicas desenhadas e implementadas de forma intersetorial. Os fatores associados à possibilidade de abandono escolar, por exemplo, são múltiplos: necessidade de ganhar dinheiro, dificuldades para se organizar, acompanhar e aprender no contexto do ensino remoto, necessidade de cuidar de filhos e outros parentes, problemas de saúde, incluindo depressão”, aponta Rosalina Soares, gerente de pesquisa e avaliação da Fundação Roberto Marinho.

De acordo com a gerente, a evasão escolar produz consequências severas para os jovens, “que vivem menos, com menos saúde, com menos renda ao longo da vida. Essa violação do direito à educação gera uma perda de R$220 bilhões por ano, 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços finais produzidos durante um período determinado). Em tempos de crise sanitária e econômica, observamos que a agenda educacional é prioritária, é urgente”.

A segunda etapa da pesquisa “Juventudes e a pandemia de coronavírus (covid-19)” ouviu 68 mil jovens e foi promovida pelo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) com correalização de Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Unesco e Visão Mundial e as respostas foram coletadas entre março e abril deste ano.

*Com informações do Porvir

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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