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Bahia tenta quebrar tabu contra Grêmio para manter sonho

Publicado terça-feira, 15 de outubro de 2019 às 23:42 h | Atualizado em 15/10/2019, 23:50 | Autor: Rafael Tiago Nunes
Roger Machado espera sair de Porto Alegre com pelo menos um pontinho na bagagem do Tricolor
Roger Machado espera sair de Porto Alegre com pelo menos um pontinho na bagagem do Tricolor -

Enfrentar o bom time do Grêmio, por si só, já é uma difícil missão para qualquer time brasileiro. Mas, não bastasse o grau de dificuldade do duelo desta quarta-feira, 16, às 19h15, em Porto Alegre, o Bahia ainda terá que entrar em campo preparado para lutar contra, literalmente, tudo o que envolve o jogo: frio, torcida rival, tempo longe de casa, desfalques, tabu, fase não tão boa e até mesmo o árbitro.

É isso mesmo. Para começo de conversa, o Tricolor baiano nunca venceu o time gaúcho no sul do País. Até aqui, as equipes já duelaram 19 vezes na fria Porto Alegre, com 10 triunfos gremistas e nove empates. Incluindo os jogos em Salvador na conta, o número de embates sobe para 48, com o Bahia tendo um saldo de 12 vitórias, 16 empates e 20 derrotas. 

Esse é o primeiro desafio do Esquadrão de Aço: vencer o Imortal longe de Salvador pela primeira vez e dar fim a esse indigesto tabu. Mas, para alcançar tal feito, o caminho será árduo. A previsão do tempo para esta quarta, no horário da partida, é de chuva e temperatura entre 15 e 20 graus. Ou seja, torcer por tempo aberto não é uma possibilidade. 

Além disso, os atletas estão longe de suas respectivas famílias desde o último dia 11, quando embarcaram para o Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense. De lá, seguiram viagem diretamente para Porto Alegre na segunda-feira. Eles só voltarão para o calor de casa amanhã. Ao todo, serão, praticamente, sete dias fora.

Mas nada é tão ruim que não possa piorar, já diriam os sábios e os pessimistas. O árbitro escalado para a partida é ninguém menos do que o paranaense Rodolpho Toski Marques. Talvez você não se lembre dele imediatamente. Mas é fácil reacender essa lembrança, até por ser recente. Ele apitou o polêmico empate em 2 a 2 no Brasileirão do ano passado, na Arena do Grêmio. 

Na ocasião, Élber balançou as redes duas vezes e colocou o Bahia em vantagem. E foi no segundo tempo que Toski Marques entrou em ação. Ele expulsou o zagueiro Jackson, em um lance com Juninho Capixaba. Uma expulsão, no mínimo, questionável. E, ainda não satisfeito, deu um pênalti inexistente de Gregore em Marinho, o que culminou no gol de empate, assinalado pelo atacante Jael. 

A criticada arbitragem ganhou os noticiários de todo o Brasil e acabou com a diretoria do Bahia entrando com uma representação contra o árbitro na CBF. Mas esse episódio não é um caso isolado. No Brasileirão de 2012, na derrota por 3 a 1, o Bahia sofreu com as marcações equivocadas do árbitro sergipano Claudio Francisco Lima e Silva. Teve de tudo: pênalti inexistente, gol mal anulado e expulsão. 

Hora da reabilitação

Com 38 pontos, na oitava colocação e sem vencer há três jogos  – derrotas para Athletico-PR e Fluminense, e empate com o São Paulo – Roger Machado sabe da importância de pontuar contra o Grêmio, principalmente para não se desgarrar do G6. “É um jogo sempre complicado, jogar em Porto Alegre, contra o Grêmio. Nós estamos vindo de um revés contra o Fluminense. Nosso objetivo é nos reabilitar na competição, conquistar três pontos. A gente imagina que, com a força do coletivo, temos condição de fazer um bom jogo e levar pontos para Salvador”.

Ainda sem contar com os laterais titulares, Nino Paraíba e Moisés, lesionados, Roger comemora o retorno do atacante Artur, que cumpriu suspensão diante do Fluminense. 

“Artur é um jogador com características muito peculiares, que tem na vitória pessoal e na velocidade pelo lado do campo, as suas características principais. E tê-lo de volta recoloca no campo o sincronismo das peças de um setor. Isso que vai ser importante também, na medida em que a gente não tem o Nino, e o João [Pedro] fez um belo jogo”, analisou.

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