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Na porta do Z-4, Bahia terá início de ano tenso em busca da salvação

Publicado terça-feira, 29 de dezembro de 2020 às 06:06 h | Autor: Nuno Krause*
Grupo terá 10 dias para trabalhar antes de voltar a campo pelo Brasileirão, contra o Grêmio | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia
Grupo terá 10 dias para trabalhar antes de voltar a campo pelo Brasileirão, contra o Grêmio | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia -

A virada de ano provoca até nos menos otimistas um sentimento de esperança de que dias melhores virão. “Que tudo se realize no ano que vai nascer”, diz a cantiga característica da época. Porém, o começo de 2021 do Bahia promete ser recheado de dramaticidade.

Na porta da zona do rebaixamento do Brasileirão, com 28 pontos – mesmo número do Vasco, que é o 17º colocado e abre o grupo – o Tricolor terá 11 jogos no novo ano para escapar da Série B.

A missão caiu no colo do técnico Dado Cavalcanti, que terá de encontrar uma forma de alterar o rumo para o qual segue a equipe. Já são seis derrotas consecutivas na competição nacional, e a defesa figura como a pior, com 48 gols sofridos em 27 jogos.

Foi Dado que montou a estrutura da equipe de transição que levou o Bahia à final do Campeonato Baiano.

Mudanças previstas

Como o Bahia só volta a campo no dia 6 de janeiro, contra o Grêmio, em Porto Alegre, tendo assim 10 dias para trabalhar na Cidade Tricolor, Dado já confirmou que fará mudanças na estrutura da equipe.

“Acho isso importante para fazer ajustes, corrigir, testar, quem sabe, formações diferentes. Mas não podemos também nos desesperar e sair trocando todas as peças possíveis, porque não necessariamente a troca de peças vai trazer o efeito esperado”, explicou, em entrevista coletiva após a derrota para o Internacional por 2 a 1, na Arena Fonte Nova.

A pressão da torcida em relação ao elenco é enorme, e o presidente Guilherme Bellintani afirmou que 2020 terminaria com mudanças importantes na gestão de futebol. O nome mais visado pelos tricolores é o de Diego Cerri, responsável pelas contratações. Bellintani ainda não confirmou se o diretor de futebol fica ou sai, mas prometeu modificar a estrutura do departamento.

Caso Gerson

Vale lembrar que a situação do meia Índio Ramírez, que foi acusado pelo meia Gerson, do Flamengo, de cometer injúria racial, ainda não foi completamente resolvida. Na segunda, 28 o zagueiro Natan e o atacante Bruno Henrique, do Rubro-Negro carioca, foram intimados a depor na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). De acordo com informações do portal G1, a tendência é que eles façam isso na semana que vem.

Ramírez vem sendo um dos destaques do Bahia, e no último domingo, contra o Inter, marcou o único gol do time na derrota por 2 a 1. O clube ainda aguarda o desenrolar do inquérito, e pode até afastar novamente o atleta, a depender do que aconteça.

“O Bahia seguirá acompanhando os desdobramentos que ocorrerem fora das instâncias do clube, seja na Polícia Civil ou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva”, divulgou o clube, em nota.

Sequência e adversário

O principal adversário do Bahia na luta contra o rebaixamento é o Vasco. O Cruzmaltino tem o mesmo número de pontos do Esquadrão e um jogo a menos, contra o Palmeiras, no Allianz Parque. O duelo é atrasado, pela primeira rodada do certame.

Bahia e Vasco se enfrentarão na 33ª rodada, portanto, em momento que pode ser decisivo para o destino dos dois. A partida ocorrerá em São Januário, no dia 31 de janeiro.

Apesar de, matematicamente, apenas os seis primeiros estarem garantidos na Série A da temporada que vem, a briga contra a Série B parece começar do Red Bull Bragantino, que tem 31 pontos e está na 13ª colocação (veja a situação de cada candidato à degola abaixo).

Com 11 jogos para o fim, o Bahia terá pela frente apenas quatro adversários que atualmente estão na parte de cima da tabela: Grêmio, Corinthians, Santos e Fluminense.

*Sob supervisão do editor Daniel Dórea

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