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Futebol de 5: baianos tentam findar série gaúcha de títulos

Publicado sábado, 29 de fevereiro de 2020 às 08:30 h | Autor: Aurélio Lima
Torneio reúne a nata do futebol para cegos no país | Foto: CBDV | Divulgação
Torneio reúne a nata do futebol para cegos no país | Foto: CBDV | Divulgação -

O Instituto de Cegos da Bahia (ICB) estreou na Supercopa do Brasil goleando o time do Apace-PB por 4 a 0, na sexta-feira, 28, em São Paulo, onde tenta voltar a se sentir no topo do futebol de 5 brasileiro. O torneio reúne os três melhores clubes da Série A de 2020 e o campeão da Série B. Neste sábado, 29, às 14h, o ICB volta à quadra para enfrentar o Maestro-PR ainda pela primeira fase, em que todos se enfrentam em turno único. Após os confrontos, os dois melhores se classificam para a final, que terá transmissão do SporTV, domingo, 1º, a partir das 11h.

Com sete títulos brasileiros no currículo, a equipe baiana tem como maior rival o gaúcho Agafuc, que vem dominando o Campeonato Brasileiro nos últimos três últimos anos e venceu as duas únicas edições da Supercopa realizadas até agora. Cortado da Agafuc por contusão, o atacante Ricardinho espera uma final entre os dois rivais. El alertou sua equipe para as surpresas preparadas pelo ICB. “Sempre foi um grande clube e, neste ano, se reforçou com dois jogadores diferenciados. Espero, como sempre, o grande clássico nacional dessa década”, comentou o gaúcho, referindo-se aos colegas de seleção brasileira Jardiel, transferido do Cedemac-MA, e o baiano Gledson, do Apadv-SP, novos reforços do ICB no torneio.

O ICB, no entanto, também jogará desfalcado de um de seus melhores atletas, no caso Maicon, lesionado. As alterações de lado a lado não farão tanta diferença, segundo previu o fixo baiano Cássio. “Por mais que não tenha o principal jogador deles, será um time muito forte, com diversos atletas da seleção”, comentou o defensor do ICB.

A opinião é compartilhada pelo atacante Jefinho, que lamentou a ausência do colega de seleção brasileira do lado gaúcho. “É uma pena que Ricardinho tenha se machucado, ele é considerado o melhor do mundo. Só que a Agafuc é muito forte, também com jogadores da seleção paralímpica”, comentou o camisa 10 do ICB, que espera fazer os gols que vão ajudar os baianos a conquistar o título inédito.

Multicampeão

O ala Jardiel explicou ter trocado o Maranhão pela Bahia para participar de um projeto “muito bom” para sua carreira. “Já é um time multicampeão, e eu tenho certeza de que jogar com eles vai ser muito importante para minha carreira”.

Para o técnico do ICB, Gérson Coutinho, a única contratação de fato é a do próprio Jardiel. “Gledson foi criado aqui pela seleção da Bahia. Mas, como ele é bom, um time de São Paulo ofereceu um salário e ele saiu. Não conseguiu ser campeão e voltou para casa, porque quer ser campeão de novo”, explicou Coutinho.

Guegueu, como é apelidado pelos colegas no ICB, participou de seis dos sete títulos brasileiros conquistados pela equipe baiana. Se voltar a vencer, o ICB interromperá a série de conquistas dos gaúchos. “Nos últimos tempos, temos perdido por conta de muitas contusões. Jefinho não foi para o último Regional. Cássio também estava machucado e Maicon não foi para o último Brasileiro”, explicou o treinador.

Outras duas equipes participantes do torneio, a Apace-PB foi convidada para o lugar do Cedemac-MA (vice-campeão brasileiro em 2019, que abriu mão da sua vaga) e o Maestro-PR, campeão da Série B.

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