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Ketleyn luta para dar a volta por cima em sua carreira

Publicado sexta-feira, 26 de outubro de 2012 às 22:47 h | Atualizado em 27/10/2012, 00:13 | Autor: Aurélio Lima
ketleyn quadros
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É, pode se dizer que estou ressurgindo". Assim a judoca Ketleyn Quadros, de 25 anos, classifica o retorno à seleção brasileira, após longa ausência por conta de lesões e queda de rendimento. Má fase que lhe custou a vaga na categoria até 57 kg em Londres, este ano. Convocada para  a equipe feminina que estreia neste sábado, 27, às 9 horas, no Mundial de Judô por Equipes, no Grand Hotel Stella Maris, ela é uma das esperanças de medalha.

Expectativa que a brasiliense procura tirar dos ombros para não sobrecarregar a si mesma no tatame. Lições tiradas do passado recente. "Para mim foi uma aprendizagem. Tudo  que passei após a medalha de bronze em Pequim. Agora estou  mais madura para lidar com a responsabilidade". 

Ketleyn fez história ao se tornar a primeira mulher brasileira a conquistar medalha em um esporte individual em uma Olimpíada, mas ao feito de Pequim-2008 se seguiram os problemas. Uma lesão na coluna cervical a deixou seis meses de molho. Viu ainda seu nome cair no ranking mundial. Resultado:  assistiu pela tevê às lutas de Londres-2012.

Ketleyn volta à categoria até 57 kg, com a ida de Rafaela Silva para a de 63 kg. "Me recuperei da lesão na cervical que me tirou do Grand Slam do Rio (junho de 2008)", garantiu, após participar ativamente do treino.

Pedido de apoio - Desde os 7 anos praticando judô, Ketleyn  ingressou no esporte por meio de um projeto do Sesi para a garotada carente. Acabou se consagrando no dojo, onde espera contar com a torcida para voltar a brilhar. "Só tem adversária difícil aqui, mas estamos muito confiantes. A torcida  ajuda muito. Adoro  a vibração que vem da arquibancada", disse, pedindo apoio.

As meninas do Brasil estreiam contra as mexicanas esperando ouvir, "até enjoar", a gritaria da torcida. Nenhuma delas pretende ganhar no grito, mas já que o Brasil é o único país a contar com 1.800 vozes da arquibancada, melhor aproveitar o  incentivo. "Às vezes, já cansada, a gente  ouve a torcida gritando nosso nome e incentivando. Ajuda muito", justificou a peso pesado  Maria Suellen.

"Vi a torcida decidir a medalha agora em  Londres. A inglesa da categoria 70 kg entrou contra uma menina de 78 kg e a torcida fez a diferença a favor dela", resgatou Suellen. "Então, vou ficar rouca", decidiu a estudante Lorena Mota, de 14 anos, que vai torcer a  com os colegas Vicente Araújo e Júlia Reis, também  de 14 anos.

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