ESPORTES
Maurício Souza revela convite de partidos conservadores para futuro na política
Por Da Redação
Em destaque nacional após ser oficialmente demitido do Minas Clube por suas falas homofóbicas, o jogador de vôlei veterano, Maurício Souza, afirmou que recebeu convites de partidos políticos considerados conservadores para ingressar na política. O atleta é assumidamente bolsonarista e já cogita uma candidatura para 2022. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
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"Isso é uma coisa que não estava previsto, nunca me imaginei na política, mas estão me pedindo muito. Muitos partidos conservadores estão me dizendo que seria importante. Tenho uma responsabilidade muito grande, em cada post que eu faço, cada entrevista que eu dou. Estou vendo o impacto direto que estou tendo nas pessoas. Hoje elas enxergam em mim esse exemplo. Tenho que pedir sabedoria pra Deus pra eu representar bem essas pessoas", disse o atleta, em entrevista ao programa "Pânico", da Jovem Pan.
Após suas falas homofóbicas, Maurício Souza ganhou notoriedade entre os conservadores, com sua conta no Instagram saindo de 300 mil para mais de 2 milhões de seguidores em algumas semanas.
No dia 12 de outubro, Maurício Souza perguntou aonde iríamos "parar", após a DC Comics anunciar que o novo super-homem, filho de Clark Kent, iria se descobrir bissexual nos próximos capítulos da história em quadrinhos. "Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar", escreveu o jogador ao compartilhar a notícia.
Com a pressão dos patrocinadores, o Minas Clube demitiu o jogador no dia 27 de outubro, após afastá-lo e tentar resolver a situação com uma retratação pública. No entanto, nesta semana, o diretor do clube revelou que só dispensou o central para proteger o clube e o próprio atleta de perseguição. Ele também afirmou que o salário de Maurício foi pago integralmente até maio do ano que vem.
"No começo atraí muito mais ódio e isso manchou toda a minha carreira", disse. "Tudo que eu fiz, construí e batalhei, manchou. Não é só um time me contratar, não é só perder o emprego. O Minas vai pagar meu salário, mas e aí pra frente? Não vou arrumar um time fácil, vai ser uma pressão em cima dos patrocinadores do time, e meus companheiros vão ter que ter uma cabeça forte", pontuou, deixando em aberto o seu futuro no vôlei.
A ação fez com que Maurício Souza tivesse as portas da seleção fechadas. O treinador Renan Dal Zotto repudiou a fala do atleta e disse que não "em se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos".
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