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Paralimpíada: Bahia tem boas chances de conquistar medalhas

Publicado segunda-feira, 05 de setembro de 2016 às 11:33 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Juliana Lisboa
Jefinho participou em Pequim-2008 e Londres-2012 (bicampeão)
Jefinho participou em Pequim-2008 e Londres-2012 (bicampeão) -

Assim como foi a delegação olímpica da Bahia, a paralímpica não é muito grande - são apenas seis atletas, de um contingente de 285. No entanto, todos os representantes do estado têm condição de voltar com medalha da Rio-2016. De todas as modalidades, o futebol de 5 e o atletismo são os que têm mais atletas (dois), seguidos da natação e do remo, com um representante cada.

De todos os atletas, os que mais têm chances de voltar com medalha - e de ouro! - são os meninos do futebol de 5. Com dois títulos paralímpicos (em Pequim-2008 e Londres-2012) e eleito o melhor jogador da modalidade em 2010, Jeferson Gonçalves, o Jefinho, busca a terceira medalha dourada na Rio-2016 e espera levar a seleção brasileira à quarta vitória.

"Nossa expectativa é a melhor possível, pois é uma competição em casa. Já tive o prazer de jogar nos Jogos Para-Panamericanos, em 2007, também no Rio, mas a Paralimpíada é bem maior", disse o bicampeão durante a fase final de preparação para os Jogos no Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro.

"Não considero o favoritismo uma pressão porque já estamos acostumados com isso. A seleção é experiente e isso ajuda em casa", concluiu. Além de Jefinho, Cássio Lopes, ambos campeões em Londres-2012, também reforçam a seleção brasileira de futebol de 5.

Outra veterana na equipe é Verônica Mauadie de Almeida, que já conquistou medalha de bronze na natação em Pequim-2008. Ela, que tem 41 anos, disputa o nado borboleta da classe S7, mesma prova que lhe garantiu a medalha na Paralimpíada da China. Além do pódio paralímpico, Verônica entrou para o livro dos recordes ao se tornar a primeira nadadora paralímpica a completar uma prova de maratona aquática - a Travessia Mar Grande-Salvador - em 2015.

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Estreantes

Participando pela primeira vez de uma Paralimpída, Raíssa Machado e Tascitha Cruz, ambas do atletismo. Tascitha busca medalha no arremesso de peso e em provas de velocidade como 100m, 200m da classe T36. Já Raissa compete no lançamento de dardo. Apesar de terem nascido no estado, nenhuma das duas atletas mora ou treina na Bahia.

Com 23 anos, Tascitha, que tem deficiência intelectual, já foi medalhista de ouro nos Jogos Paralímpicos da Juventude, em 2012, no arremesso de peso. Ela é recordista brasileira em sua categoria nas provas de 100 e 200m rasos. Já Raíssa foi ouro no Aberto de Atletismo do Rio, no ano passado, e conquistou a medalha de prata no Mundial, também realizado no ano passado.

Fechando a conta dos novatos nos Jogos Paralímpicos está Renê Pereira. O médico de 36 anos é a maior chance para o Brasil faturar medalha no remo adaptado na classe AS (ombros e braços). Ele, que foi o quinto colocado na Copa do Mundo em junho, na Polônia, disse que um dos seus maiores adversários não irá ao Rio.

"À minha frente ficaram dois ucranianos, um inglês e um australiano. Nos jogos do Rio apenas um dos ucranianos estará, porque cada país só pode enviar um atleta. Consegui superar o russo que até o ano passado estava à minha frente, então evoluí uma posição do último Mundial para este", disse ao final da competição.

A expectativa é que os Jogos do Rio impulsione ainda mais a prática do paradesporto na Bahia. "A delegação baiana cresceu muito em quantidade e qualidade. Começamos com três medalhas em 2008,  e esperamos terminar com número maior nesse ano", apontou o futebolista Jefinho.

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