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Seleção não recebeu por título no futsal, diz capitão

Publicado quinta-feira, 20 de março de 2014 às 17:00 h | Atualizado em 19/11/2021, 05:52 | Autor: Agência Estado

Conforme havia sido prometido mais cedo por Falcão, mais um jogador importante do futsal brasileiro se rebelou contra a CBFS (Confederação Brasileira de Futsal) nesta quinta-feira. Capitão do Brasil nos dois últimos Mundiais da modalidade, o ala Vinicius publicou no Instagram uma carta do presidente da CBFS, Aécio de Borba Vasconcelos, avisando os atletas que eles poderiam não receber nenhuma premiação mesmo se vencessem o Mundial da Tailândia, em 2012.

"A nossa entidade atravessa no momento uma fase de muita dificuldade financeira em decorrência da atuação desastrosa de empresa, até então contratada para prestação de serviços, motivando uma série de aços judiciais, prejudicando inclusive a renovação de diversos patrocínios", escreveu o dirigente, antes do Mundial.

No texto, Vasconcelos indica que condiciona a convocação dos atletas a aceitar disputar o Mundial sem receber premiação. "Aguardamos até o dia 25 do referido do corrente mês e ano (não divulgados), pronunciamento sobre o assunto, fator decisivo para a confirmação da lista de convocados a ser encaminhada à Fifa", escreve o dirigente, que assina a carta.

Vinicius garante que nenhum atleta recebeu qualquer premiação. "Eu, como capitão da seleção, tinha a incumbência de negociar o valor do prêmio pelo título antes da convocação final. Recebei esse e-mail. Resultado? Jogamos o Mundial, ganhamos e não recebemos nenhuma premiação da CBFS! Repito: 'zero reais’ vindo dos cofres da entidade que rege o futsal no Brasil."

Antes de pedir apoio do deputado federal Romário, Vinicius pediu explicações sobre os gastos da CBFS. "Espero que mostrem onde foram gastos os mais de 50 milhões de reais recebidos durante esses últimos anos como patrocínios. Clareza e transparência é o que pedimos", postou.

Mais cedo, Falcão havia dito que as denúncias que atingiram a CBV abriram caminho para que os jogadores decidissem vir a público para apontar problemas na CBFS. A entidade, filiada à Fifa, não recebe verbas da Lei Piva por não ser olímpica. Mas foi patrocinada por 10 anos pelos Correios. O último contrato anunciado, de 20 meses de validade, encerrou-se em janeiro passado. Os Correios pagaram R$ 20 milhões pelo período.

Mesmo sem contrato com os Correios, a CBFS continua apontado o mesmo como seu patrocinador oficial. O Banco do Brasil, que já pediu explicações à CBV, também é apontado no site da CBFS como seu patrocinador.

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