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"Vou fazer o cinturão do UFC virar brasileiro", diz Cigano

Por Diego Adans

27/10/2011 - 7:11 h | Atualizada em 22/01/2021 - 0:00

No dia 12 de novembro, o Peso-Pesado Júnior “Cigano” dos Santos encara o maior desafio da sua carreira, o norte-americano com ascendência mexicana Cain Velasquez.

O duelo vale o cinturão do Ultimate Fighting Championship (UFC). Se vencer, Cigano será nada menos que o décimo brasileiro a entrar no seleto grupo de campeões mundiais do principal torneio de MMA (Artes marciais mistas, em inglês) do mundo.

Dentre as ‘lendas’ que já alcançaram tal feito, figuram nomes consagrados como Royce Gracie, Rodrigo Minotauro, Lyoto Machida e Anderson Silva. Catarinense, mas radicado em Salvador, o lutador de 26 anos conversou com o A TARDE, confira abaixo:

Já caiu a ficha que você, aos 26 anos, pode se tornar campeão mundial dos pesos pesados do principal torneio de Vale Tudo do mundo, o UFC?

Acho que sim, sei lá. Com certeza a coisa envolve muita gente. Talvez seja maior do que eu imagino, mas vou te falar que minha grande preocupação é fazer meu melhor sempre. É claro que vai ser uma luta especial, mas não me considero pressionado. Lutar é o que eu mais amo e sei fazer.

Na última semana, passaram a fazer parte de sua equipe de treino os irmãos Nogueira (Rodrigo “Minotauro” e Rogério “Minotouro”). Com isso, sente-se ainda mais motivado?

Claro. A equipe só tem feras. O Rodrigo Minotauro (campeão do UFC e 2008) é o meu grande mestre. Além dele, estão me ajudando o Yuri Carlton, Ramon Lemos (Jiu-Jitsu), os americanos Billy Scheibe e Josh Janouse (Wrestling), o professor Luiz Carlos Dórea (Boxe) e André Piccoli (preparação física). O Anderson Silva está com vontade de vir. Para mim, seria perfeito. É sempre bom ter pessoas que lhe dão segurança, que têm experiência no MMA. Eles sabem sempre o que te falar, a dica a passar.

Qual a receita para vencer Velasquez? Tem treinado algum golpe em especial?

Rapaz, meu negócio é porrada. Não sou muito ninja não, que nem o Anderson (Silva) e o Lyoto (Machida). Eles já dominam essa arte aí. Meu negócio é soltar a mão, é diferente. Mas, sei lá. Se rolar uma oportunidade, quem sabe um golpe voador [risos].

Cigano: "Velasquez é o campeão, mas dia 12 isso vai mudar"

Por várias vezes, você já disse que Rodrigo Minotauro é seu ídolo. Por falar nisso, ele perdeu para Cain Velasquez. Vai vingar seu "mestre"?

Vingança não. É uma luta que me interessa muito. Não por ele (Cain) ter vencido o Minotauro, que é meu ídolo. Sei que Minotauro ainda pode fazer por ele mesmo. Provou no UFC Rio. Tenho certeza que ele mesmo pode buscar a revanche com Cain Velasquez. Eu não preciso fazer isso. O que interessa para mim é que Cain nunca perdeu. Na atualidade, ele é o número um do mundo. Na atualidade.... porque depois do dia 12, isso vai mudar. Eu vou ser (risos). Vou fazer o cinturão virar brasileiro.

Como você enxerga essa luta?

Nós dois somos fortes e rápidos e temos boa movimentação no octógono. Acho que se eu acertar um soco poderia terminar a luta aí, mas em uma luta como essa não há como saber. Cain será o meu oponente mais difícil e eu também serei o mais duro adversário dele. Tenho treinado muito o boxe com o professor Luiz Dórea, afiado o Jiu-Jitsu com Yuri Carlton. Aprimorado a parte física também com o André Piccoli. Será uma luta complicada e cansativa. É preciso estar 100%.

No UFC Rio, tanto Anderson Silva quanto Rodrigo Minotauro foram patrocinados por Corinthians e Internacional, respectivamente. Você já recebeu algum tipo de proposta do Bahia ou Vitória?

O Bahia já demonstrou interesse. Só mostraram interesse, não está nada certo. Mas foi o único clube que chegou a conversar.

Qual a importância de Salvador na sua vida?

Quando saí de Santa Catarina vim direto para cá. Minhas raízes na luta são aqui. Aqui que aprendi a ser um lutador e é aqui que vou conquistar o título mundial. Considero-me meio baiano sim. Amo essa cidade, morar aqui. Apesar de grande é tranquila.

Quem acompanha o MMA, volta e meia se depara com entrevistas, documentários sobre sua carreira. Enfim, você se tornou famoso. Isso lhe atrapalhou durante o treinamento?

Atrapalha e muito. Tive que ir para os Estados Unidos, por exemplo, para ficar uma semana, acabei ficando 12 dias. Foi um treino fraco. Não estava no meu canto, não estava fazendo o ideal. Mas sempre damos um jeito. O Luiz Dorea estava comigo, fiz uns treininhos lá com ele. É complicado, perdi muito tempo de treino, gravando matérias, por exemplo.

Sua luta será exibida em canal aberto (FOX) nos Estados Unidos já parou para pensar nisso?

Eles estão fazendo uma produção de cinema mesmo. Fiquei 12 dias em Hollywood, nos estúdios da Fox, que é uma coisa sensacional. Estou ficando famoso (risos). Ainda não parei para pensar não. Ficha não caiu ainda não.

Está ansioso?

O lance dessa luta é que estamos famintos pela vitória. Tenho esperado por essa chance durante um ano, tive lutas marcadas e remarcadas e agora é a minha vez. Espero que tudo corra bem para mim.

Perguntas rapidinhas

Filme: Velozes e Furiosos

Hobby: Ficar em casa

Perfume: segredo

Comida: macarrão

Música: Lounge

Time: não acompanho futebol

Sonho: fazer história como lutador

Família: tudo, alicerce da vida

MMA: O esporte que me deu a oportunidade de ser alguém

Minotauro: ídolo

Dórea: segundo pai

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