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22/05/2022 às 16:29 - há XX semanas | Autor: AFP

GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia bombardeia leste da Ucrânia, centro dos debates em Davos

Após fracassar na tentativa de assumir o controle de Kiev, tropas russas agora focam no leste da Ucrânia

Cidades do leste da Ucrânia são castigadas pelos bombardeios russos
Cidades do leste da Ucrânia são castigadas pelos bombardeios russos -

A Rússia continuava, neste domingo, 22, com seus bombardeios no leste da Ucrânia, cujo presidente, Volodymyr Zelensky, em um movimento de contra-ofensiva diplomática, prepara-se para se dirigir nesta segunda-feira às elites políticas e econômicas mundiais reunidas em Davos.

Depois de fracassar em sua tentativa de assumir o controle da capital ucraniana, Kiev, as tropas russas agora concentram seus esforços no leste deste país. Lá, os combates não dão trégua.

Neste contexto, o Parlamento ucraniano aprovou a prorrogação da lei marcial e a de mobilização geral até 23 de agosto.

Segundo a Presidência ucraniana, os bombardeios russos atingiram as cidades de Mykolaiv, Kharkiv e Zaporizhia na noite de sábado. Na véspera, sete civis morreram, e dez ficaram feridos em Donetsk e, na região de Luhansk, uma pessoa faleceu, e duas ficaram feridas - todas em bombardeios, relatam os respectivos governadores.

Ataques de maior intensidade

"Os russos estão voltando todos os seus esforços para conquistar Severodonetsk", afirmou o governador de Luhansk, Sergei Gaidaim, referindo-se a uma cidade que é estratégica para se conquistar toda região de Luhansk.

"A cidade está sendo destruída, como antes destruíram Rubizhn e Popasna", denunciou Gaidai no sábado, acrescentando que os russos destruíram a ponte de Pavlograd, "o que complicará muito a retirada de civis e o fornecimento de ajuda humanitária".

Em seu relatório diário, o Estado-Maior ucraniano informou neste domingo que o Exército russo seguia com seus ataques com mísseis e meios aéreos em todo território e até "aumentou a intensidade, usando a força aérea para destruir infraestruturas cruciais".

Ontem, em entrevista a um canal de televisão ucraniano, o presidente Zelensky disse acreditar que "o fim [do conflito] será diplomático". Segundo ele, a guerra "será sangrenta, haverá combates, mas definitivamente terminará pelos canais diplomáticos".

Até o momento, foram realizadas várias reuniões entre negociadores de ambos os lados, mas sem resultados concretos.

"Até que Ucrânia seja membro da UE"

O presidente polonês, Andrzej Duda, que visitou Kiev neste domingo, assegurou que, a partir de agora, será impossível lidar com a Rússia "como sempre se fez".

"Depois de Bucha, Borodianka, Mariupol, não pode haver mais 'business as usual' ('negócios como de costume', em tradução literal do inglês) com a Rússia", declarou, em discurso no Parlamento ucraniano, em Kiev, sendo o primeiro chefe de Estado estrangeiro a fazê-lo desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

Em Bucha e Borodianka, ocupadas e posteriormente abandonadas pelo Exército russo, centenas de civis foram encontrados mortos após a passagem das forças de Moscou. E, no sudeste da Ucrânia, a cidade portuária de Mariupol foi deixada em ruínas após meses de cerco e de bombardeios incessantes que mataram pelo menos 20 mil civis, segundo as autoridades ucranianas.

O presidente polonês também disse que não descansará "até que a Ucrânia seja membro da União Europeia".

Em uma entrevista hoje à rádio local J, o ministro-delegado francês para Assuntos Europeus, Clément Beaune, insistiu, porém, em que a adesão de Kiev à UE levará, provavelmente, 15, ou 20, anos".

"Enquanto isso, devemos aos ucranianos (...) um projeto político, no qual eles possam entrar", continuou, referindo-se à proposta do presidente francês, Emmanuel Macron, de que a Ucrânia entre em uma "comunidade política europeia", um "complemento" ao processo de adesão.

Uma mensagem para Davos

Zelensky, que rejeita o plano de Macron, prepara-se para discursar, por videoconferência, no Fórum Econômico de Davos, que acontece na Suíça a partir de segunda-feira, 23, após uma pausa de dois anos pela pandemia da covid-19.

A expectativa é que ele usará esta nova tribuna para pedir aos líderes mundiais que forneçam mais ajuda a Kiev, tanto financeira quanto militar.

Zelensky será o primeiro chefe de Estado a discursar amanhã. Muitos políticos ucranianos estarão presentes em Davos, de onde os russos foram excluídos.

Para o fundador do Fórum de Davos, Klaus Schwab, a edição de 2022 chega no momento mais oportuno e é o mais importante desde sua criação, há mais de 50 anos.

"A agressão da Rússia (...) será vista nos livros de história como o colapso da ordem nascida após a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria", afirmou ele, em um "briefing" realizado esta semana.

A Ucrânia continuará sua ofensiva diplomática na assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), inaugurada neste domingo e onde apresenta, na próxima terça-feira, um projeto de resolução a seus 194 Estados-membros.

No texto, deve denunciar os ataques cometidos por Moscou contra seu sistema de saúde, condenar as consequências gravíssimas da invasão e do bloqueio dos portos ucranianos no abastecimento mundial de grãos, assim como no aumento dos preços.

Neste fim de semana, a Rússia publicou uma lista de 963 personalidades americanas proibidas de entrarem no país, em represália por sanções similares adotadas por Washington. A relação de nomes inclui Biden, seus secretários de Estado (Antony Blinken) e da Defesa (Lloyd Austin) e até o presidente da Meta. Mark Zuckerberg.

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