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Israel enviará aos palestinos um milhão de vacinas perto de expirar

Publicado sexta-feira, 18 de junho de 2021 às 12:53 h | Atualizado em 19/11/2021, 12:17 | Autor: AFP
A tensão entre israelenses e palestinos permanece alta | Foto: Abbas Momani | AFP
A tensão entre israelenses e palestinos permanece alta | Foto: Abbas Momani | AFP -

Israel entregará à Autoridade Palestina um milhão de doses de vacinas contra a covid-19 perto do prazo de validade, após um acordo entre as duas partes - anunciou o governo israelense nesta sexta-feira, 18.

"Israel firmou um acordo com a Autoridade Palestina e entregará um milhão de doses de vacinas da Pfizer perto da validade e receberá, em troca, as doses que a empresa Pfizer tinha de enviar para a Autoridade Palestina", afirmou o gabinete do primeiro-ministro e os ministérios israelenses da Defesa e da Saúde, em um comunicado conjunto.

A Autoridade Palestina, que tem sua sede de governo na Cisjordânia ocupada, ainda não fez comentários sobre esta informação.

"Israel receberá a mesma quantidade de doses da Pfizer (ou seja, um milhão) nos meses de setembro/outubro de 2021 por conta do que estava destinado à Autoridade Palestina", segundo o comunicado israelense.

"Este acordo pôde ser feito após ter-se constatado que a reserva de vacinas que Israel tem em seu poder responde às suas necessidades atuais", explicou.

O comunicado não especifica quando vencem as vacinas que serão entregues aos palestinos.

O órgão militar israelense que administra os assuntos civis nos territórios palestinos ocupados informou, nesta sexta-feira, que já transferiu "100 mil doses de vacinas".

Graças a uma ampla campanha de vacinação, lançada no final de dezembro após um acordo com o gigante farmacêutico Pfizer, cerca de 55% da população israelense, ou seja, mais de 5,1 milhões de pessoas, receberam duas doses de vacina anticovid-19.

Do lado palestino, apenas 260.713 pessoas receberam suas duas doses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, segundo o Ministério palestino da Saúde.

Entre quinta e sexta-feira, foram registrados 165 novos casos de covid-19 na Cisjordânia e Gaza, o que eleva o total para mais de 312.000 palestinos infectados, incluindo 3.540 mortos.

Em Israel, foram detectados 25 novos casos do coronavírus nas últimas 24 horas, o que eleva o total para cerca de 840.000, incluindo mais de 6.429 mortes.

"O coronavírus não conhece fronteiras, nem faz distinções entre pessoas", declarou o ministro da Saúde de Israel, Nitzan Horowitz, no Twitter.

"Esta importante troca de vacinas beneficia ambos os lados", acrescentou, expressando sua esperança de que essa cooperação se amplie para "outras áreas".

A tensão entre israelenses e palestinos permanece alta, depois da violenta campanha de bombardeios na Faixa de Gaza e dos mísseis lançados pelo grupo islamita Hamas, que governa o enclave palestino, contra o território israelense.

Desde o fim dos confrontos, em 21 de maio, foram registrados vários incidentes isolados e protestos na Cisjordânia ocupada.

A devastação causada pelos ataques aéreos israelenses danificou a infraestrutura sanitária em Gaza e, com isso, o programa de combate à covid-19 e a campanha de vacinação.

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